O mercado internacional está extremamente sensível ao clima nos Estados Unidos neste momento, como já era esperado. Nesta semana, o foco dos traders ficou sobre os modelos norte-americanos, mesmo que estes não tenham sido os mais precisos nas últimas semanas, e a pressão sobre os preços vem se intensificando.  No entanto, o ponto-chave das questões climáticas agora será se essas condições irão ou não se confirmar.

 

O mercado do milho tem o foco total voltado para o clima nos Estados Unidos e os impactos que ele deve provocar nos preços. No mercado interno, os preços mais altos nos portos podem resultar em exportações mais altas, o que deve impactar nos estoques do grão.

 

As importações de milho transgênico dos Estados Unidos serão permitidas a partir de 1º de julho. As variedades geneticamente modificadas cultivadas nos EUA já foram aprovadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e a decisão publicada no Diário Oficial da União, com uma nova norma de liberação comercial de transgênicos.

 

As exportações de milho da Argentina na safra 2020/21, que está sendo colhida, devem somar 33 milhões de toneladas, prevê a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Se confirmado, o volume será 9% menor que o comercializado ao mercado externo na temporada 2019/20. “Na campanha 2020/21, observa-se uma nova redução nas quantidades exportadas, como consequência de uma queda na produção. Dessa forma, a tendência negativa observada desde a safra 2018/19 deve ser reafirmada”, disse a bolsa.

 

No estado do Rio Grande do Sul, o dólar segue mantendo os preços da soja, mas a perspectiva é de queda, sendo que falta 45% por comercializar, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “As quedas de preços continuam ocorrendo CBOT como resultado das reações climáticas e políticas dos EUA. Agora com os estoques sendo reavaliados e a demanda por biocombustível diminuindo é provável que os preços caiam ainda mais. Existe ainda mais de 45% de toda a soja a ser comercializada no Rio Grande do Sul. Apenas 5.000 toneladas foram vendidas hoje”, comenta.

 

O custo total de produção de trigo no Rio Grande do Sul deve crescer 31,74% na safra 2021, para R$ 4.305,01 por hectare, estimou a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). O custo operacional, valor que o produtor desembolsa para insumos e frete, tende a ter incremento de 32,48%, para R$ 3.187,02 por hectare. A safra 2021 está sendo plantada no Estado.

 

Os preços do algodão em pluma estiveram relativamente estáveis no Brasil na primeira quinzena de junho, mas ainda em patamares elevados. Inclusive, pesquisadores do Cepea ressaltam que os valores internos da pluma operam acima dos da paridade de exportação há cerca de dois meses, indicando a atratividade das vendas domésticas em detrimento das externas.

 

A variação do custo de produção de leite em maio foi 2,89%, conforme o Índice de Custos de Produção de Leite (ICPLeite/Embrapa), calculado pela Embrapa Gado de Leite. Pelo segundo mês consecutivo, a maior alta foi encontrada no grupo Sal mineral, que subiu 8,74% em comparação com o mês anterior.

 

A demanda por fertilizantes no mundo deve chegar a quase 200 milhões de toneladas em 2021, segundo dados da Associação Internacional de Fertilizantes. O número representa uma alta de 1,5% ao ano. Segundo o diretor de produtos da Mosaic Fertilizantes, Felipe Pecci, no Brasil, a demanda pelo produto vem crescendo a cada ano.

 

Apesar da indefinição de valores e sobre taxa de juros para o Plano Safra 2021/22, uma coisa o setor produtivo já tem convicção. O montante de recursos precisa aumentar, especialmente para os produtores que têm acesso ao crédito por meio de juros controlados. A afirmação é de Eduardo Daher, diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Segundo Daher, um fator preocupante para os produtores nesta safra é a volatilidade do dólar.

 

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Fonte: Atomic Agro