De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a apreensão com a falta de chuvas para a colheita da safrinha têm gerado retenção ainda maior da oferta pelo produtor. Com isso, as cotações do milho no mercado brasileiro tiveram mais uma semana de avanços. em Cascavel (PR), a saca subiu para R$ 103, e em Campinas (SP), para R$ 102. Em Chicago, o contrato para julho avançou 10,25% na comparação semanal, com a questão climática dominando as negociações. A boa demanda pelo cereal norte-americano também tem impulsionado as cotações.

 

De acordo com o que informa a TF Agroeconômica, a tendência é de que os preços do milho permaneçam elevados, tanto no mercado físico, quanto no mercado futuro do Brasil, assim como no mercado futuro de Chicago e dos preços internacionais. Esses panoramas valem não somente para a safra  de  verão (como  estão),  mas  podem se estender também para a Safrinha.

 

Entre sexta-feira, 30, e sábado, 1º de maio, uma instabilidade climática deve contribuir para que um precipitação de chuva avance para lavouras de milho segunda safra  no Sul, alcançando o Triângulo Mineiro, São Paulo, sudoeste de Goiás, Paraná, sul de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com a Somar Meteorologia, o problema é que a chuva não será volumosa e muito menos abrangente. O acumulado vai ficar inferior a 10 milímetros, e não vai mudar o atual cenário agrícola. Apesar disso, há risco de tempestades em Mato Grosso do Sul no próximo domingo, com rajadas de vento de até 70km/h.

 

A produção de milho em Mato Grosso deve cair 1,3% em relação à safra passada, totalizando 34,97 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na contramão, a demanda pelo cereal deve crescer 16,33%, chegando a 11,57 milhões de toneladas. A nova projeção preocupa o setor de proteína animal do estado. A avicultura já sente os reflexos no custo de produção e pode diminuir a oferta de carne e ovos ao consumidor.

 

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) espera que a moagem de trigo no País fique estável em 2021, após crescer 1% no último ano. “A moagem deve continuar mais ou menos no nível de 2020, entre 12,6 milhões de toneladas e 12,7 milhões de toneladas”, disse o presidente executivo da entidade, o diplomata Rubens Barbosa. Na avaliação dele, a pequena redução esperada no consumo de farinha de trigo deve ser compensada pelo maior consumo de farelo de trigo, o que deve manter a moagem em patamar próximo ao do ano passado.

 

O governo do Paraná lançou o Banco do Agricultor Paranaense. A iniciativa vai financiar projetos sustentáveis de produção agropecuária com juros subsidiados, chegando até mesmo à taxa zero em alguns casos. O programa de crédito voltado aos agropecuaristas deve disponibilizar um total de R$ 500 milhões em recursos. A intenção é que os projetos beneficiados ajudem a alavancar investimentos no campo relacionados à inovação tecnológica, sustentabilidade, geração de emprego e melhoria da competitividade do produto paranaense.

 

Depois de renovar suas máximas em oito anos na sessão anterior, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem seu movimento de realização de lucros. Os preços perdiam entre 20,75 e 24 pontos nas posições mais negociadas, com o julho valendo US$ 14,96 e o setembro, US$ 13,60 por bushel. A partir de maio, as condições de clima dão sinais de melhora para os trabalhos de campo nas principais regiões produtoras norte-americanas, com as temperaturas subindo e as chuvas se mostrando melhor distribuídas. Os mapas abaixo trazem as previsões para 3  de 7 de maio.

 

A safra de soja se encaminha para o final no país. As poucas áreas que restam já estão em fase final de enchimento de grão e maturação. Com isso, já é possível dizer os impactos da ferrugem asiática na safra 2020/2021. Segundo levantamento do Consórcio Antiferrugem, liderado pela Embrapa Soja, o total de casos confirmados soma 376, alta de 76,5% ante as 213 ocorrências da safra anterior.

 

O Brasil apoia a proposta do Uruguai de reduzir em 20% a tarifa externa comum do Mercosul até o fim do ano. De acordo com o Ministério da Economia, cada país do bloco têm necessidades distintas e a adoção de diferentes velocidades de redução tarifária. Vlamir Brandalizze, analista de mercado, afirma que a redução da TEC não deve gerar grandes alterações no mercado de grãos, mas pode facilitar os negócios.

 

Estações de avisos fitossanitários mantidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Fundação Procafé, estão auxiliando produtores de café das regiões do Sul de Minas, do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, no estado de Minas Gerais, na defesa fitossanitária da cafeicultura, redução de custos de produção e minimizando impactos ao meio ambiente. O sistema de informações automatizado emite avisos periódicos que subsidiam o manejo de pragas da cultura cafeeira no estado. O objetivo é usar o clima como aliado no controle das pragas e doenças do café.

 

As temperaturas mais baixas já começaram a ser registradas no Sul do Brasil nesta semana, com a entrada de uma massa de ar seco e frio no país. A tendência, segundo o meteorologista Olívio Bahia, é que a partir de agora o frio fique cada vez mais intenso. Os modelos meteorológicos de previsão, tanto o GFS, como o modelo Cosmo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), indicam que a primeira semana de maio será marcada pela entrada de uma nova massa de ar frio, ainda mais intensa.

 

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Fonte: Atomic Agro