A comercialização da safra 2019/2020 de soja do Brasil atingiu 85,2% da produção projetada. O dado faz parte do levantamento realizado pela consultoria Safras & Mercado com informações colhidas até a sexta-feira, 8.  No relatório anterior, com dados de 9 de abril, as vendas estavam em 73,9%. Na comparação com igual período do ano passado, a negociação está extremamente avançada. Em maio de 2019, a comercialização da soja atingia 55,4%, sendo que a média dos últimos cinco anos é de 59%.

 

O Tocantins tem batido recordes a cada ano na produção de grãos, inclusive com crescimento acima da média nacional, se tornando uma das regiões mais promissoras na agricultura. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram por suas séries históricas que o crescimento nos últimos 10 anos obteve aumento superior a 185% na produção de grãos, saltando de 1,86 milhão de toneladas, na safra 2009/2010, para mais de 5,3 milhões de toneladas, safra 2019/2020 (produção estimada).

 

As incertezas quanto ao desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra, devido à irregularidade das chuvas e a forte valorização do dólar, que elevou as cotações nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP), levaram os preços de milho a subirem em muitas praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre 30 de abril e 8 de maio, o indicador Esalq/BM&FBovespa, com base em Campinas (SP), avançou 2,92%, com a saca de 60 quilos no valor de R$ 49,76 na sexta-feira, 8. Quanto ao dólar, de 30 de abril a 8 de maio, se valorizou 5,52%, a R$ 5,748.

 

O governo liberou nesta terça-feira, 12, o registro de 22 defensivos agrícolas. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura. Segundo a pasta, todos os produtos liberados são genéricos, ou seja, utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país e que perderam a validade da patente. O Ministério da Agricultura ressalta ainda a importância do registro dos defensivos genéricos, que diminui a concentração do mercado e aumentar a concorrência entre empresas. “O que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, disse.

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta terça-feira, 12, a projeção da produção de grãos na temporada 2019/2020 em 0,4%, na comparação com o levantamento de abril. De acordo com o órgão, a expectativa de safra está em 250,9 milhões de tonelada. Mesmo assim, a estimativa ainda é de produção recorde. Na comparação com o ciclo anterior, a safra ainda será 3,6% maior. De acordo com a Conab, essa redução acontece por conta dos problemas climáticos que a região Sul do país enfrenta, com impactos sobre a produtividade na soja e milho. 

 

Diante da baixa disponibilidade de trigo no mercado brasileiro, as importações ganharam força nos últimos dois meses, mesmo com o dólar elevado e, portanto, encareceram as compras externas, aponta a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as importações brasileiras de trigo em grão somaram 748,2 mil toneladas em abril, volume 13,4% superior ao de março de 2020 e 20,9% acima do de abril de 2019. “O volume importado em abril foi o maior desde julho de 2018”, acrescenta.

 

O avanço de uma frente fria, que traz chuvas, pode atrapalhar a colheita do café em algumas regiões no Sudeste. De acordo com Somar Meteorologia, áreas produtoras do sul de Minas Gerais devem receber os maiores acumulados. Há também risco para vendavais que podem levar à queda de grãos.

 

As preocupações com as consequências da pandemia de covid-19 derrubaram o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Os ânimos do setor voltaram ao patamar do 3º trimestre de 2018. Segundo a metodologia do IC Agro, resultados acima de 100 pontos, como aconteceu nos cinco trimestres anteriores ao atual, demonstram otimismo.

 

O milho é o segundo grão mais produzido no Brasil. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2019/2020, os produtores rurais deverão colher mais de 102,3 milhões de toneladas do cereal. O volume estimado representa um crescimento de 2,3% em relação à temporada anterior, na qual, os agricultores colheram 100 milhões de toneladas do grão.

 

Após passar por um período sem chuvas, o Sudeste do Brasil tem previsão de declínio das temperaturas e chuvas previstas para os próximos dias. Segundo Olívio Bahia, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a frente fria em atuação desde o início da semana avança para o Centro-Norte do país e ganha reforço com outros sistemas em atuação na atmosfera, aumentando as possibilidades de chuvas nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

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Fonte: Atomic Agro