Na agricultura avaliamos nossa safra pelo plantio e colheita, quanto maior, melhor! Assim, devemos começar olhando o solo. O solo na produção agrícola sofre, dentre outros, compactação provocada pelas máquinas, sem contar o uso indiscriminado de fertilizantes e defensivos químicos.

 

O solo é um dos poucos recursos renováveis e tem um papel fundamental na produtividade agrícola, pois carrega em sua composição os nutrientes essenciais para as plantas. Os nutrientes de que as plantas necessitam são encontrados no solo e dissolvidos na água. Eles apresentam em sua composição elementos químicos, como nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio e ferro, que são absorvidos pelas raízes das plantas.

 

Um solo fértil possui grande capacidade de fornecer água e nutrientes às plantas, mas sua fertilidade pode variar muito, em uma só propriedade agrícola. Por isso, o produtor precisa conhecer os solos de sua propriedade, o que só é possível através da análise de solo.

 

A análise é fundamental para que o produtor consiga diagnosticar as condições de fertilidade e obter orientações corretas sobre os tipos de nutrientes e a quantidade exata que o solo da fazenda precisa, fazendo as correções necessárias, o que ajuda a aumentar a produtividade da lavoura. Dessa forma, o produtor pode evitar despesas desnecessárias com fertilizantes e o desperdício dos adubos. Além disso, evita que o produtor plante em um solo pobre.

 

Devem ser feitas análises dos macronutrientes e dos micronutrientes. Para tomar essa decisão é importante saber qual a cultura a ser implantada no solo e o sistema de cultivo agrícola. Todos desempenham funções essenciais para o desenvolvimento das plantas e a deficiência de apenas um deles pode prejudicar o desenvolvimento normal das culturas.

 

Os macronutrientes são consumidos em grandes quantidades como compostos de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Estes são absorvidos em maiores quantidades pelas plantas.

 

Enquanto os micronutrientes são nutrientes que as plantas consomem em quantidades muito pequenas, mas que também são importantes para o seu desenvolvimento, como compostos de manganês, boro, molibdênio, zinco, ferro e cobre. Estes já são absorvidos em menores quantidades.

 

O rendimento de uma determinada cultura será determinado pelo elemento presente em quantidade mais limitante no solo. Em outras palavras, a deficiência de um nutriente não pode ser superada pelo excesso de outro nutriente.

 

A análise de solo deve ser repetida em intervalos que podem variar de um a vários anos, dependendo da intensidade da adubação, do tipo de cultura, do número de culturas consecutivas e do sistema de manejo adotado. De uma forma geral, sugere-se amostrar com maior frequência culturas anuais e culturas com maior pacotes tecnológicos. Neste caso, convém realizar amostragem logo após a colheita.

 

Para que a amostra de solo seja representativa, a área amostrada deve ser a mais homogênea possível, não amostrar glebas superiores a 10 hectares. Assim, a propriedade deve ser dividida em glebas, o que deve se levar em conta: vegetação, posição topográfica, característica do solo (cor, textura, condição de drenagem, tipo de solo, etc) e histórico da área.

 

Deve-se fazer uso de equipamento apropriado para amostragem, como por exemplo: enxadão, trado de rosca, trado holandês e pá de corte.

 

As amostras coletadas devem ser acondicionadas em embalagens próprias, limpas e isentas de qualquer tipo de contaminantes que possam comprometer as amostras de solo.

 

Recomenda-se coletar as amostras nas camadas de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm.

 

Levar as amostras a laboratórios específicos e que possuam equipamentos e tecnologias para fazer essas análises.

 

É necessária uma correta análise de solo, assessorada por um profissional capaz de elaborar um programa de fertilidade e nutrição direcionado para cada sistema agrícola de manejo e cultura.

Fonte: Atomic Agro