Mês promete ter chuva abaixo da média no Rio Grande do Sul e acima do esperado no Sudeste e Centro-Oeste.

 

Sem em El Niño ou La Niña, as chuvas continuam sem regularidade no Brasil. E assim deve ser em fevereiro, com as pancadas ocorrendo em várias regiões do país.

 

Simulações mais recentes indicam precipitação acima da média em Santa Catarina, Paraná, boa parte do Nordeste e leste da Região Norte, englobando os estados do Amapá, Pará e Tocantins, dentro da média em boa parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste e abaixo da média no Rio Grande do Sul e oeste da Região Norte, nos estados do Acre, Amazonas e Roraima. Enquanto a primeira quinzena será mais chuvosa no Sudeste, Centro-Oeste e Norte, a segunda metade de fevereiro será mais úmida no Sul.

 

Em números, o acumulado chega a pelo menos 200 milímetros em estados como o Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí. Em Minas Gerais, também há previsão de chuva forte no centro, oeste e sul do Estado, inclusive em Belo Horizonte que já registrou diversos transtornos por conta dos temporais em janeiro. No Espírito Santo, por outro lado, a chuva será menos intensa que a registrada em janeiro.

 

Preocupa muito a situação do sul do Rio Grande do Sul que vem registrando chuvas irregulares desde novembro do ano passado. Em Pelotas, por exemplo, o acumulado não alcança os 100 milímetros mensais desde novembro. E em fevereiro, a situação não será diferente.

 

O acumulado de chuva também será baixo, inferior aos 100 milímetros, em boa parte do leste do Nordeste desde a Bahia até o interior dos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Além disso, como é normal para época do ano, também há previsão de pouca chuva em Roraima.

 

O calor vai predominar, embora não seja extremo. A temperatura acima da média será sentida no Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, além de boa parte das regiões Norte e Nordeste. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a temperatura vai ficar mais próxima da climatologia.

 

Qual a tendência para os próximos meses?

Em março, a chuva se espalha mais pelo Brasil fazendo com que praticamente todos os Estados recebam pelo menos 100 milímetros de uma maneira mais bem distribuída. Isto significa que a precipitação finalmente vai se intensificar sobre o Rio Grande do Sul, embora isto não indique que a chuva será bem distribuída ao longo de todo o mês.

 

Goiás, Mato Grosso e as Regiões Nordeste e Norte vão receber as precipitações mais intensas, acima dos 200 milímetros. O calor predomina na maior parte do Brasil com destaque para o Rio Grande do Sul e a Região Amazônica.

 

A partir de abril, como é normal para o outono, a chuva vai enfraquecer no Sudeste e Centro-Oeste e aumenta no Sul. Apesar do enfraquecimento da precipitação, ela não corta completamente. O acumulado promete ser mais baixo no interior de São Paulo, em Minas Gerais e Rio de Janeiro, variando entre 25 a 50 milímetros.

 

No Centro-Oeste, Norte e em boa parte do Nordeste, o acumulado ainda passa dos 100 milímetros, embora fique abaixo da climatologia especialmente em Mato Grosso. Já na Região Sul, a chuva intensifica e o acumulado passa dos 200 milímetros no norte do Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina do Paraná.

 

A temperatura permanece acima da média no Brasil, mas diferentemente do ano passado, a tendência é da chegada das primeiras ondas de frio com características de outono neutro no Sul, Sudeste e Mato Grosso do Sul.

 

Em maio, a chuva fica bem mais escassa no Triângulo Mineiro, Cerrado de Minas Gerais, sudoeste de Goiás, em cidades como Rio Verde, e leste e sul de Mato Grosso. Para a agricultura, atenção especial ao desenvolvimento do milho safrinha, que será instalado mais tardiamente que o normal neste ano e poderá necessitar de chuva ainda neste mês. Além disso, embora a previsão seja de temperatura acima da média, espera-se a chegada de algumas ondas de frio. Uma delas, entre o fim de maio e início de junho, promete ser mais intensa.

Fonte: Canal Rural