De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as condições das lavouras de milho nos Estados Unidos estão bem inferiores à verificada há um ano.

Até o último dia 07 de julho, 57% da safra apresentava condições boas ou excelentes, contra 75% no mesmo período do ano passado, segundo o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

De acordo com o USDA, do total semeado, 8% da safra estavam no estágio de espigamento, contra 34% do mesmo período da safra passada e 22% da média dos últimos 5 anos.

Na última quinta-feira (11) também foi divulgado o relatório de oferta e demanda mundial de grãos. Analistas esperavam redução da estimativa de área plantada e produção, porém o mesmo não ocorreu.

De acordo com o órgão, a produção norte-americana de milho deverá alcançar um total de 352,44 milhões de toneladas, alta de 4,95 milhões de toneladas.

O órgão estimou alta de 130 mil toneladas na demanda pelo cereal, a qual contabilizaria um consumo total de 307,48 milhões de toneladas.

As exportações norte-americanas de milho foram estimadas em 54,61 milhões de toneladas na safra 2019/10. Com este cenário, o USDA projeta um estoque de passagem de 51,07 milhões de toneladas.

Para a Argentina, o USDA projeta uma produção de 50,0 milhões de toneladas, sendo que o país exportaria 33,5 milhões de toneladas na campanha agrícola 2019/20.

Já a produção da safra brasileira é projetada pelo órgão norte-americano em 101,0 milhões de toneladas de milho no próximo ano agrícola, enquanto as exportações devem somar 34,0 milhões de toneladas.

De acordo com projeções do órgão norte-americano, a produção mundial de milho deverá registrar um aumento de 5,95 milhões de toneladas, contabilizando um total de 1,1 bilhão de toneladas nesta nova safra.

Ao mesmo tempo, projeta-se um decréscimo de 920 mil toneladas no consumo mundial. Já o trading global deverá ser de 170,84 milhões de toneladas no ano agrícola 2019/20, aumento de 1,0 milhão de toneladas.

Com este cenário, o órgão estima um aumento de 8,40 milhões de toneladas nos estoques de passagem mundial.

Entretanto, traders desconsideraram essas estimativas, alegando que o número da área plantada divulgado no relatório é muito alta e não reflete a situação atual.

Assim, o contrato setembro/19 registrou uma valorização de 3,5% no período de sete dias sendo cotado nesta última sexta-feira a US$¢ 454,25/bushel.