A Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), na Argentina, indicou na manhã da última sexta-feira, 5 de Março, que 20% da safra de soja tardia plantada na província de Rosário e na região norte de Buenos Aires pode não ser colhida. Isso deve ocorrer, destaca a Consultoria AgResource Brasil, devido ao desempenho ruim no desenvolvimento da cultura.

 

“Isso acontece como consequência da falta de chuva na região e as altas temperaturas. Técnicos regionais alertam sobre o estresse da soja tardia e esclareceram que caso a safra receba chuvas, as estimativas de produtividade são 2.000 kg/ha. Caso o clima continue ruim nos próximos 10 dias, o norte de Buenos Aires pode ter quedas de rendimento de até 50%, com produtividade de 1.000 a 1.500 kg/ha”, apontam os analistas da AgResource Brasil.

 

A Consultoria TF Agroeconômica coincide na análise de que na Argentina o problema é a seca, que continua e deverá reduzir a oferta naquele país de 51 milhões de toneladas para 46 milhões de toneladas nesta safra 2020/2021. Estudos feitos e já publicados pela TF Consultoria Agroeconômica mostraram que o Brasil deveriam aumentar a área em 1,15 milhão de hectares/ano, durante os próximos 10 anos, para simplesmente igualar a oferta e a demanda de soja no mundo.

 

“Com a seca na Argentina, a competitividade da soja brasileira continua muito alta. A única dificuldade nesse momento é lidar com os atrasos da colheita. Os futuros da soja em Chicago subiram na sexta-feira em um cenário de clima persistente de seca no país vizinho. Chuvas limitadas foram observadas na Argentina nas últimas duas semanas, e espera-se que o tempo seja seco e quente no próximo fim de semana, com a temperatura chegando a 17 graus Celsius”, concluem os analistas da TF.

Fonte: Agrolink