Os modelos climáticos europeu e norte-americano (GFS) indicam mudança na previsão do tempo, com a expectativa de retorno de um centro de alta pressão no leste do Brasil, destaca a Consultoria AgResource Brasil. Essa reversão na expectativa do clima para as regiões produtoras ameaça diretamente a produção de milho de segunda safra.

 

“Os mapas revelam que o padrão climático deve permanecer sem mudanças nos primeiros dias de abril. Porém, após esta data há a tendência de chuvas abaixo do normal em um período de três semanas em áreas produtoras de milho safrinha. Além disso, o modelo CFS (Climate Forecast System) também indica uma previsão preocupante de seca no final de abril, o que deve ocasionar perdas de umidade de solo em áreas de Mato Grosso do Sul, Goiás, e Minas Gerais”, projetam os analistas.

 

“Por enquanto, o mercado confia nas previsões de curto prazo, entre 5 a 10 dias, que ainda indicam chuvas. Porém se essas previsões de diminuição das precipitações se materializarem, naturalmente aumentará o risco de perda do potencial produtivo do milho safrinha, atuando como impulsionador de preços para o cereal [na Bolsa de Cereais de] Chicago à medida que o tempo avance”, conclui a AgResource Brasil.

 

Na Região Sul do Brasil, a situação se configura de maneira diferente. Segundo o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná), que divulgou esta semana seu relatório de plantio e colheita, 72% da safrinha já está plantada, e 64% do milho verão encontra-se colhido. O órgão estimou que na fase de colheita, as regiões que apresentam maior avanço são Paranaguá (100%); Ponta Grossa e Francisco Beltrão (90%); Pato Branco e Laranjeiras do Sul (85%) Pitanga (80%) Guarapuava (70%) e Irati (60%). Em relação à qualidade das lavouras, dividem-se entre 70% boas, 22% médias e 8% ruins.

Fonte: Agrolink