A T&F Consultoria Agroeconômica indicou que a maior incógnita do mercado de trigo continua sendo a safra do estado do Rio Grande do Sul. “Como as informações ainda não estão tabuladas e definidas, as especulações correm soltas. Variam desde 2,0 MT a 2,7 MT, contra uma previsão inicial de 3,0 MT.  Ninguém sabe, mas este número será importante para definir a estratégia de compras e de vendas no mercado gaúcho: se o número final foi o menor, os compradores se retrairão e os preços tenderão a subir; se for o maior, ocorrerá o contrário, os preços tenderão a afrouxar um pouco e os compradores é que se sentirão mais confortáveis em colocar preços menores”, comenta.

 

Para Santa Catarina, o estado deverá aumentar a produção. “As lavouras de trigo de Santa Catarina não foram afetadas pelas geadas porque ainda não estavam em fases susceptíveis a elas. A expectativa de produção para a safra 2020/21 é de 300 mil toneladas, na hipótese mais otimista”, completa.

 

Mesmo com especulação sobre o tamanho dos danos à safra do Paraná, houve negócios a R$ 1.150 para trigo novo. “Soubemos de pelo menos um negócio a R$ 1.150,00/tonelada FOB para trigo novo na região de Cascavel, feito na sexta-feira, mas divulgado hoje. Isto significa R$ 50,00/t a mais do que as ideias iniciais para entrega em setembro que havia antes das geadas”, indicam.

 

Em Minas Gerais, o mercado está retraído a espera de definição dos preços no Paraná. “A maior parte do trigo de safra nova 2020/21 colhido em Minas Gerais foi comercializada a R$ 1.100,00/t FOB. Com o avanço da colheita, este preço caiu para R$ 1.060,00 (que ainda vigora), mas, os vendedores estão retraídos, esperando para ver as consequências das geadas no PR e no RS, na expectativa de que o preço volte a subir”, conclui.

Fonte: Agrolink