O Rio Grande do Sul deve adotar, pela primeira vez, o vazio sanitário da soja. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) isso deve ocorrer na safra 2022/23 e o calendário ainda deve ser definido e comunicado oficialmente ao Ministério da Agricultura até 31 de julho.

 

Por enquanto o órgão trabalha com o período de 13 de julho e 10 de outubro de 2022, onde não poderá haver nenhuma planta viva de soja nas lavouras, como forma de combate ao fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da Ferrugem Asiática, principal doença da oleaginosa. Com isso o calendário de semeadura terá 110 dias e entra em vigor já na safra 2021/2022, quando irá de 11 de outubro a 28 de janeiro.

 

A medida busca adequação ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, lançado em maio pelo Mapa. Na safra 2020/2021 foram observadas ocorrências da ferrugem asiática perto do Leste do Estado, o que é incomum. O Noroeste e o Norte têm apresentado as maiores resistências aos ingredientes ativos. Segundo o Consórcio Antiferrugem, da Embrapa, nesta safra o Estado registrou 138 casos da doença. Na safra anterior (2019/20) haviam sido apenas 22 ocorrências. Ao todo, no país, foram 376 casos na safra 2020/21.

Fonte: Canal Rural