Resumo da Semana
A semana começou com os preços futuros do milho se retraindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 2,08% e 2,97% por volta das 09h14 (horário de Brasília). O vencimento julho/21 era cotado à R$ 92,49 com baixa de 2,42%, o setembro/21 valia R$ 91,00 com desvalorização de 2,97%, o novembro/21 era negociado por R$ 92,25 com queda de 2,66% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 94,43 com perda de 2,08%.
Depois de beirar máximas históricas na bolsa de Chicago e bater recorde no Brasil, as cotações do milho começaram a dar sinais de acomodação. Mas, de acordo com especialistas consultados pelo Valor, mesmo com a correção, as cotações deverão permanecer mais elevadas do que no ano passado, em média. Esse cenário continua a preocupar a indústria de aves e suínos – dependente do cereal para a produção de rações para os animais -, que pressiona o governo por mais medidas para baratear o insumo.
No CFR China Market, a margem de esmagamento piorou novamente com a queda dos contratos futuros de óleo de soja na Dalian Commodity Exchange, com o preço de julho caindo quase 3% em CNY8.512/t (US$ 1.323/t). As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica, neste início da semana.
As inspeções de grãos e oleaginosas para exportação de todas as principais regiões de exportação dos Estados Unidos na semana encerrada em 13 de maio totalizaram 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 13% em relação à semana anterior, um aumento de 37% em relação à mesma semana em 2020, e 19 % mais alto em comparação com a média de três anos da semana. Foi isso que disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório semanal de transporte de grãos.
O Brasil conquistou mais uma Indicação Geográfica cafeeira. Desta vez, o estado do Espírito Santo, maior produtor de café Conilon do Brasil, foi reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) como indicação de procedência. Essa é a 12ª indicação geográfica de café alcançada pelo país, que é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor do grão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Somente em 2020, o Brasil produziu 63,1 milhões de sacas, o equivalente a 3,7 toneladas de café, incluindo o arábica e o Conilon.
A safra 2021 de café deve atingir 49 milhões de sacas, redução de 22,6% em comparação à safra passada, que teve produção de 63,08 milhões de sacas, considerada recorde dentro da série histórica do grão. Os dados fazem parte do 2º levantamento da temporada, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a Emater, a colheita de arroz no Rio Grande do Sul atingiu 92% da área. O percentual está acima do registrado no mesmo período do ano passado, quando os trabalhos estavam em 89% e também acima da média dos últimos cinco anos, que é de 79%. A colheita no estado está chegando ao fim, e apesar da previsão de estiagem, a irrigação das lavouras, mesmo com restrição, foi efetiva.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. Com 129 votos a favor e 1 abstenção, essas áreas foram aprovadas nesta quinta-feira, 27. A coordenadora de Produção Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lilian Figueiredo, destacou que a retirada da vacina permitirá o aumento das exportações e a abertura de novos mercados para a carne brasileira.
A colheita do algodão safra se aproxima em Mato Grosso, principal produtor. A previsão de início é na segunda quinzena de junho. As primeiras áreas plantadas no estado, semeadas em dezembro, apresentam condições favoráveis e com potencial de atingir uma produtividade acima de 300@/ha de algodão em caroço em alguns talhões.
A safra de laranja 2021/22 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro deve atingir 294,17 milhões de caixas de 40,8kg, projeta o Fundecitrus. O volume representa avanço de 9,51% na comparação com a safra anterior, mas fica 10,53% abaixo da média histórica. “É o segundo ano consecutivo de safra abaixo da média histórica em decorrência de condições climáticas adversas”, destacou o gerente geral do Fundecitrus, Juliano Ayres.
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Fonte: Atomic Agro