O Ministério da Agricultura (Mapa) está trabalhando no mapeamento da ocorrência do enfezamento do milho junto aos principais estados produtores da cultura. O objetivo do monitoramento é permitir o diagnóstico e o dimensionamento adequados para subsídios de eventuais medidas para reduzir ou evitar os prejuízos causados pela doença nos cultivos de milho em todo o país. Os prejuízos causados pelas doenças relacionadas ao “complexo de enfezamento” têm gerado grande preocupação para os produtores nas últimas safras.

 

O mercado de controle biológico, que abrange produtos micro e microbiológicos, dobrou nos dois últimos anos no Brasil, movimentando mais de R$ 1 bilhão na última safra, conforme dados da IGH Markit.

 

“Tanto aqui no Brasil como no exterior os consumidores não querem o feijão OGM (Organismo Geneticamente Modificado)”, afirma o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). De acordo com a entidade, as empresas “estão buscando todas as tecnologias possíveis para defender suas marcas”.

 

Os preços do trigo em grão encerraram fevereiro, período de entressafra, em alta. Segundo colaboradores do Cepea, o foco dos produtores tem sido a colheita da safra de verão, especialmente de soja, e a definição do cultivo da segunda safra, em que se enquadra o trigo. Assim, a oferta está baixa.

 

“Estamos na expectativa de que dê pelo menos uns três a quatro dias de sol para melhorar a situação. Infelizmente, são muitos problemas”. Essas são palavras de Dari Fronza, presidente da Aprosoja Tocantins, ao relatar o cenário preocupante da produção de soja no estado. O excesso de chuvas não só limita o ritmo dos trabalhos de campo mas, principalmente, vem tirando muito do potencial produtivo e da qualidade da soja que está no campo para ser colhida.

 

De acordo com o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), as “áreas da segunda safra têm redução importante”. Começando pelo Mato Grosso, diz ele, a área plantada final de caupi foi, em 2020, de 56,9 mil hectares: “Este ano esperava-se que pudesse chegar a 68 mil hectares, algo como 20,53 % maior. No entanto, o atraso na colheita da soja somado aos preços do milho, a cada dia a área encolhe e a diminuição poderá chegará nem mesmo aos 45 mil hectares. Sendo assim, em vez de aumentar a área 20%, poderá diminuir em 20%”.

 

O mercado brasileiro de soja teve um dia travado em termos de negócios e com preços inalterados. Com a Bolsa de Chicago e dólar encerrando o dia perto da estabilidade, os negociadores não apresentaram interesse no mercado.

 

Fevereiro terminou com mais que o dobro das chuvas esperadas e atingiu 600 milímetros, segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) Francisco de Assis. O grande volume está prejudicando os agricultores que estão com a colheita de soja atrasada (cerca de 60% das áreas foram colhidos) e, consequentemente, plantio da segunda safra de milho. Alguns já calculam prejuízos.

 

É preocupante a situação das lavouras de soja em ponto de colheita afetadas pelas chuvas no Tocantins. O excesso de chuvas limita o trabalho da colheita e com isso o grão não foi retirado no tempo certo. Muitas vagens apodreceram e algumas plantas brotam. As chuvas também prejudicaram ainda mais a situação das estradas, trazendo dificuldades na negociação e cumprimento do frete.

 

O preço do milho bateu recordes e superou R$ 87 por saca pela primeira vez na história, segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

 

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Fonte: Atomic Agro