Resumo da Semana
Os preços da ureia em dólar nos portos brasileiros voltaram a subir em dezembro, de acordo com relatório do Itaú BBA. “Apesar da fraca demanda global, uma das razões para isso vem do menor volume produzido na China causado pelo baixo fornecimento de gás natural, o que fez com que os preços ficassem acima das médias do mercado e, consequentemente, causou uma queda nas exportações”, diz o banco.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o preço da soja negociada no Brasil teve novo impulso com o avanço do dólar em relação ao real e nova rodada de valorização em Chicago.
Na primeira semana de janeiro, o Brasil exportou um total de 641 mil toneladas de milho, resultando em uma média diária de 128,26 mil toneladas. Dessa forma, o número ficou 44% abaixo do observado em dezembro e, assim sendo, começa a dar sinais de esgotamento da oferta no mercado interno.
Outra lavoura que preocupa é a de milho no Rio Grande do Sul. Se na porção Norte as lavouras seguem em bom estado, mais ao Sul muitas nem emergiram ou também estão secando nas lavouras. No último levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia previsão de redução de 9,3% na primeira safra do grão, com colheita de 3,5 milhões de toneladas. Em novembro a companhia projetava alta de 44% e esperava mais de 5.6 milhões de toneladas.
Assim como no caso do milho, o relatório do USDA gerou forte reação dos preços da soja negociada na Bolsa de Chicago. O contrato para março rompeu com facilidade os US$ 14 por bushel e subiu 3,33% a US$ 14,182 por bushel. O documento trouxe números menores que o dado anterior tanto para a safra norte-americana quanto para os estoques finais.
O mercado de milho continua subindo na B3, com março atingindo R$ 89,39 na máxima, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “A semana está continuando bem para as cotações do milho na B3 de São Paulo, com elevação significativa em quase todas as posições, puxadas pelas alta Chicago e a forte demanda externa”, comenta.
A safra brasileira de grãos 20/21 deve totalizar 264,8 milhões de toneladas, alta de 3% em relação às 256,94 milhões de toneladas colhidas no ciclo anterior e volume recorde. O dado faz parte do quarto levantamento da temporada, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação ao relatório anterior, que apontava produção de 265,87 milhões de toneladas, há leve queda de 0,4%.
As exportações do agronegócio em 2021 poderão superar a marca do ano passado se o clima colaborar e de fato a colheita de grãos bater um novo recorde nesta safra 2020/21. Foi o que afirmou ao Valor o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro. Puxados por soja e carnes, vendidos sobretudo à China, os embarques do setor renderam US$ 100,8 bilhões em 2020, 4,1% mais que em 2019.
Uma nova doença apareceu nas lavouras de soja do Mato Grosso e causa preocupação entre os produtores. Os casos apareceram em Sorriso, campeão nacional da oleaginosa. A doença faz os grãos apodrecerem e é mais notada em áreas com irrigação e ocorre em várias cultivares.
O Ministério da Agricultura publicou nesta quinta-feira, 14, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2020/2021, para o cultura do trigo, no Diário Oficial da União (DOU). O Zarc indica o melhor período para o plantio.
Um novo híbrido de sorgo granífero desenvolvido pela Embrapa está em oferta pública para licenciamento por produtores de sementes. O BRS 3318 possui alta produtividade de grãos. Foi testado nos últimos cinco anos em ensaios nacionais, ficando sempre entre os cinco melhores materiais em comparação com híbridos experimentais de empresas privadas. A cultivar é tolerante às principais doenças da cultura do sorgo, resistente ao acamamento, sem tanino, tem boa uniformidade de maturação, boa altura e grão de cor vermelha.
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Fonte: Atomic Agro