Resumo da Semana
A Argentina detectou nos últimos dias focos de gafanhotos em localidades da província de Misiones, muito próximas da fronteira com o Rio Grande do Sul. A informação do país vizinho despertou o alerta da Defesa Agropecuária gaúcha, que afirma que há grupos de insetos a cerca de 5 quilômetros do município de Porto Xavier (RS).
A semana trouxe retorno das chuvas em diversas regiões do país. Para o fim da semana, as chuvas voltam a ocorrer de forma abrangente e deixam em alerta o Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, São Paulo, metade sul e oeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro, norte do Rio Grande do Sul e os estado de Santa Catarina e do Paraná.
A China vai retomar as importações de carne suína do frigorífico da BRF em Lajeado (RS) a partir desta segunda-feira. A planta estava com as exportações ao país asiático suspensas desde 4 de julho. O Ministério da Agricultura foi informado da decisão, mas o sistema do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ainda não foi atualizado.
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) anunciou a implantação de um rodízio de distribuição de água em nove cidades do oeste e sudeste do estado. De acordo com o órgão, a medida visa diminuir os impactos causados pela estiagem severa. As chuvas previstas devem vir em volume pequeno. Não vão resolver o déficit hídrico e não trarão alívio para o abastecimento e nem para a lavoura, que também sofre com a seca prolongada.
O clima está no radar de preocupações dos produtores agricultores de quase todo o país. Em Mato Grosso, principal estado produtor de soja, a falta de regularidade e intensidade de chuvas, aliado a escolha de cultivares superprecoces, está diminuindo o potencial produtivo, afirma o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com isso a entidade reduziu sua estimativa para a safra de soja 2020/2021.
Na segunda-feira, 30, os portos de Paranaguá e Antonina do Paraná atingiram uma marca expressiva e histórica. Foram movimentadas 53,382 milhões de toneladas até novembro, maior volume já registrado em um ano.
O plantio de arroz na safra 2020/21 do Brasil saltou 7,6 pontos percentuais em uma semana no Brasil, totalizando 78,3% da área até dia 27, considerando seis estados produtores (Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Com isso, os trabalhos seguem acima do mesmo período do ano anterior (76,8%), segundo o boletim Progresso da Safra divulgado nesta segunda-feira (30) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Uma ação da Polícia Militar Estadual com a participação de engenheiros agrônomos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, apreenderam 4 mil litros de defensivos agrícolas falsificados em Ribeirão Preto. De acordo com informações da pasta, no local, foi encontrado um esquema com equipamentos simples, mas que evidenciavam a diluição de produtos para fracionamento, além de 800 bombas de 5 litros, produtos químicos não identificados e rótulos impressos.
A negociação de insumos iniciou mais cedo neste ano para os produtores de milho do Mato Grosso, especialmente pelos negócios atrativos com os fertilizantes que têm favorecido os produtores matogrossenses a realizar as operações de barter. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) a garantia dos insumos para a temporada 2020/21 já alcançou 93% no último mês, valor 11 pontos percentuais à frente ao visto na safra passada.
Enquanto o Paraná segue com previsão de chuvas bastante abundantes nestes dois próximos dias. O tempo seco já começa a retornar para parte da região Sul. No Centro-Oeste e Sudeste as chuvas manchadas se espalham e podem trazer chuvas para várias áreas.
O atraso do plantio da oleaginosa ocorrido em algumas das importantes regiões produtivas do Brasil, além da prevalência do clima seco alternado a chuvas irregulares, tende a aumentar nas lavouras a pressão de lagartas com relevância econômica à cultura, que na ausência de chuvas acelera o metabolismo de espécies de lagartas.
Em novembro, a média de preço do café arábica em São Paulo foi de R$ 565 por saca, alta de quase R$ 30 por saca ou 5,3% em relação a outubro. O pesquisador Renato Ribeiro, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), afirma que o reajuste nos valores não se refletiu em negócios. Segundo ele, um grande percentual da safra já foi comercializado e muitos cafeicultores estão afastados do mercado. Isso deve gerar uma alta nos preços do grão.
Fonte: Atomic Agro