Mercado da semana:  O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) do milho vem registrando avanço consecutivo e atingiu R$ 70,72/saca de 60 kg. Na parcial de outubro, a elevação do Indicador chega a 11,14%. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos valores segue vindo da baixa disponibilidade interna, da maior demanda e da retração de vendedores, que estão atentos ao clima e ao semeio da safra de verão 2020/21.

 

Segundo o  Relatório sobre o Mercado de Café de setembro de 2020, produzido pela Organização Internacional do Café (OIC) destaca a queda mundial na produção de café. No ano cafeeiro 19/20 o volume está estimado em 169,34 milhões de sacas de 60kg. Isso corresponde a uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior. A queda é puxada pela retração no arábica que diminuiu 5%, com 95,9 milhões de sacas. Já a variedade robusta teve crescimento de 1,9% e fechou em 73,3 milhões de sacas de 60kg.

 

Novas projeções do Instituto de Pesquisa Internacional da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, mostram que o fenômeno La Ninã está mais forte e poderá ter efeito até abril de 2021, impactando as condições climáticas para o milho segunda safra. De acordo com a Somar Meteorologia, já é possível sentir os efeitos do fenômeno. Boa parte da segunda safra de milho será possível sentir os efeitos. Isso porque, o calendário ficará atrasado por conta do atraso atual.

 

Em Sorriso, Mato Grosso, o plantio está atrasado e agricultores já buscam sementes para dar início ao replantio em algumas áreas. As chuvas estão sendo muito espaçadas, chove em parte da propriedade e em outra não. Além disso, se não houver o registro de uma chuva mais abrangente, podemos ter problemas com o replantio da soja. De acordo com algumas empresas de revenda, já há procura de sementes de replantio em Sorriso.

 

As plantas daninhas hoje representam um dos principais problemas na plantação de grãos. Segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Soja, as perdas podem chegar a 90% nas lavouras em casos extremos de infestação.

 

O plantio de soja 2020/21 no Paraná alcançou 32% da área estimada até o dia 19 de outubro, o dobro da marca de 16% registrada na semana anterior, com o retorno das chuvas nos últimos dias, informou o Departamento de Economia Rural (Deral). No entanto, os trabalhos seguem com atraso em relação aos anos anteriores e o nível de precipitação ainda precisa aumentar para que a semeadura avance com mais celeridade.

 

Os preços do trigo continuam avançando no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem especialmente da retração das vendas por parte de produtores do Paraná, que se mostram capitalizados e atentos à colheita do cereal. Além disso, estimativas indicando menor oferta para o Rio Grande do Sul e para a Argentina, principal fornecedora do cereal ao Brasil.

 

O consumidor chinês de café é mais jovem, vive principalmente nas regiões costeiras, compra mais o produto solúvel e com leite. Para o exportador brasileiro que deseja ampliar seus embarques ao país asiático, o ideal é focar nesse tipo de produto e nesse consumidor, e também fazer um acordo para que o grão seja torrado por um parceiro local.

 

As cotações do milho tiveram novamente um expressivo avanço no mercado futuro com a curva subindo acima de 2% em praticamente todos os contratos negociados. Para o gerente de Mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a retirada da tarifa de importação para soja e milho pode, de alguma forma, conter essa alta contínua no preço dos grãos. “Estamos enfrentando neste momento preços histórico, aumentando os custos da suinocultura e avicultura. A redução das tarifas tem efeito de dar uma opção do suinocultor e avicultor de trazer esses produtos de outros lugares, tentando conter essa alta contínua”, disse.

 

A suspensão temporária das tarifas para importar soja e milho pode refletir pouco sobre os preços elevados. Segundo a Cogo – Inteligência em Agronegócio, com base em cálculos de paridade de importação, a avaliação é de que o impacto do zeramento das alíquotas de importação será bastante limitado, em decorrência do fato de os preços do milho e da soja estarem com cotações futuras em alta.

 

A estiagem que atinge Santa Catarina já causa desabastecimento das propriedades rurais e compromete as lavouras de milho. Neste ano o déficit hídrico é maior do que 700 milímetros. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) a situação já é considerada preocupante. 

 

A demanda da China pela soja dos Estados Unidos e a percepção de que o país asiático terá de recorrer por mais tempo ao produto norte-americano após os atrasos no plantio no Brasil têm dado sustentação aos preços futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT).

 

Quer ficar sempre em dia com as notícias do Brasil e do mundo? Confira o site da Atomic Agro: atomicagro.com.br

Fonte: Atomic Agro