Mercado na semana: a soja essa semana atingiu maior valor da história no Porto de Paranaguá, chegando a ser cotada em R$ 134,8 a saca. Isto tudo devido a valorização do dólar frente ao Real, o que mantém o grão mais atrativo aos importadores.

 

A desvalorização do dólar index ao redor de 10% no mercado mundial e a alta do yuan em quase 10% baratearam o preço da soja para a China, aumentando o apetite do país asiático, aponta a SIM Consult. Segundo o especialista, o país asiático deve comprar toda a soja ofertada pelo Brasil até 2023. “A China precisa tanto do milho quanto da soja para formação de estoque. É o quarto ano em que eles têm déficit na produção”, pontua.

 

As fortes geadas registradas pela Argentina nos últimos dias se somaram à severa escassez de chuvas que afeta a safra 2020/21 de trigo do país, cujos rendimentos têm sido prejudicados pelos meses de clima adverso. O plantio do cereal foi concluído na semana passada, com uma área final de 6,5 milhões de hectares, levemente abaixo dos 6,8 milhões de hectares previstos inicialmente pela bolsa, que teve de ajustar a área devido à ausência de precipitações.

 

No interior de São Paulo, um produtor de café registrou floradas antecipadas em sua lavoura. As chuvas ajudaram no crescimento das flores nesta época do ano. Mas o cenário preocupa, já que a região precisa de mais volumes nos próximos meses para as floradas continuem e não ocorra perda na produtividade.  Além das floradas antes do esperado, o dólar e condições climáticas adversas devem impactar o mercado.

 

O suporte do câmbio continua nesta semana, vem dando suporte não só para os preços da soja disponível, mas também para as referências das safras 2020/21 e 2021/22. O dólar é apenas um dos componentes que têm dado suporte firme aos preços da soja no Brasil. A falta de produto e uma demanda muito forte, inclusive pelas próximas duas safras do Brasil, criam um ambiente bastante favorável para os indicativos. A indústria processadora nacional segue buscando matéria-prima, principalmente com o consumo crescente de farelo de soja.

 

O Brasil pode colher 278, 7 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, aumento de 8% em relação ao último ciclo. Esse volume representa a produção de 15 grãos, sendo que milho, soja, algodão, arroz e feijão participam com 95% do total.

 

Elevar a produtividade é o objetivo de 10 entre 10 participantes do setor sucroenergético. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), na safra 2019/2020, a produção nacional foi de 642 milhões de toneladas de cana. Entretanto, para atingir essa produtividade a preocupação com o controle de pragas da cana-de-açúcar é fundamental. E, dentre as diversas pragas da cana, a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) é uma da mais importantes, prejudicando seriamente a produtividade da cultura.

 

Estudos feitos em lavouras de café de Minas Gerais, constatou que em locais onde o habitat natural é preservado existem mais ninhos de marimbondos e com isso a incidência da praga bicho mineiro é menor.

 

O Ministério da Agricultura confirmou nesta semana, que a Secretaria de Política Agrícola estuda suspender a Tarifa Externa Comum (TEC) cobrada sobre a importação de arroz, soja e milho de países de fora do Mercosul. Em nota, a pasta explica que a inclusão temporária desses grãos na lista de exceção seria uma forma de equilibrar o mercado doméstico e impedir o aumento de preços de produtos da cesta básico. Como não há sinais de desabastecimento que gerem necessidade de importação desses produtos, caso seja adotada, a medida teria caráter apenas preventivo.

 

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Fonte: Atomic Agro