Resumo da Semana
Mercado na semana: preços do milho seguem em disparada no mercado brasileiro. Isto se deve à retração dos vendedores e a demanda aquecida, além do que o dólar forte colaborando para os embarques foram os fatores que impediram qualquer baixa durante a colheita da safrinha.
Climatempo fez o alerta: as chuvas de verão não autorizam o plantio em setembro, que será um mês seco em praticamente todo o país; um corredor de umidade somente será formado em outubro, levando chuvas desde o Sul; já para o Matopiba as chuvas também deverão chegar com 1 mês de atraso, mas após isso, em dezembro e janeiro, haverá muita precipitação acima do Oeste da Bahia; o Nordeste voltará a enfrentar um forte período de seca, enquanto que o Rio Grande do Sul terá uma repetição do quadro do ano passado, quando a condição neutra do La Niña cortará as chuvas para o início da safra gaúcha. Segundo seus estudos, os produtores do Sudeste não deveriam lançar as sementes no solo já em setembro – fazer o plantio no pó — sob risco de perdas, mesmo com a autorização calendarizada do vazio sanitário.
Na opinião da equipe de analistas da T&F, os preços do milho deverão se manter firmes durante todo o segundo semestre deste ano, bem como também do primeiro trimestre de 2021, antes da entrada da safra de verão nos estados do Sul.
O preço da saca de café no cerrado mineiro variam entre R$ 610 e R$ 615, mas segundo Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado do Cerrado-MG (Expocaccer) já foram registrados negócios a R$ 700 por saca. “Foram negócios pontuais de café de ótima qualidade, cafés cerejas descascados. Esses negócios aconteceram na semana passada que o mercado estava em alta. NY atingiu US$ 122, com um mercado mais aquecido”, diz Castro.
Aumentar a produção de etanol sem expandir a área plantada com cana-de-açúcar é um dos objetivos de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para isso, foi desenvolvida a patente “Hidrólise enzimática da palha de cana-de-açúcar usando enzimas produzidas por fungo”. O invento possibilita o aproveitamento de resíduos agroindustriais, a redução do impacto ambiental e menor custo na produção das enzimas para utilização nas indústrias.
A desvalorização global do dólar tem se mostrado bastante positiva para o agronegócio brasileiro. A pandemia do novo coronavírus mudou o rumo da economia mundial e obrigou bancos centrais em diversos países a promoverem políticas monetárias para contribuir para uma retomada econômica e os movimentos também mudaram a trajetória da moeda americana.
O Brasil caminha para um novo recorde. A produção de grãos deverá fechar em 253,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,8% sobre a safra passada ou 11,6 milhões de toneladas sobre a produção da safra passada. O número é maior do que a previsão de julho que também era um recorde na casa de 251 milhões de toneladas.
As exportações brasileiras de café (incluindo o grão verde, torrado e moído e o café solúvel) somaram 3 milhões de sacas em julho, 10,4% menos que no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Julho marcou o começo do ano-safra 2020/21, e o resultado foi o segundo melhor para meses de julho.
Uma combinação de fatores positivos impulsionou os preços da soja no mercado interno, de acordo com a consultoria Safras. “As referências foram impulsionadas ainda pela alta de mais de 1% de Chicago, pelo dólar acima de R$ 5,40 e pelos prêmios de 190 pontos acima de Chicago”, detalha. “Sem oferta, o produtor está pedindo até R$ 130 pela saca”, acrescenta. Segundo a consultoria, no disponível, quase não há oferta. Para a safra nova, metade já está comprometida. “Diante desse quadro, o produtor segue cauteloso. Houve registro de negócios a R$ 125 em Dourados (MS) para 7 mil toneladas, atendendo à necessidade da indústria”, informa.
Os preços do arroz em casca, que vinham operando nas máximas nominais desde o início deste ano, agora atingiram recordes reais da série do Cepea. Indicador ESALQ/SENAR-Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, fechou a R$ 73,05/saca de 50 kg, acima do até então patamar recorde real, atualizado para R$ 71,59/saca, que foi verificado em maio de 2008.
No 1º semestre de 2020, as pragas estiveram mais agressivas do que nunca. A soja exigiu diferentes mecanismos de defesa para combater uma doença muito agressiva de difícil controle: a ferrugem asiática – o principal desafio fitossanitário da cultura. Percevejos e ácaros foram os insetos que mais necessitaram de tratamentos e, no caso de ervas daninhas, capim amargoso e buva exigiram modos de ação diferenciados para combatê-los.
Quer ficar sempre em dia com as notícias do Brasil e do mundo? Confira o site da Atomic Agro: atomicagro.com.br
Fonte: Atomic Agro