Resumo da Semana
Mercado de milho na semana: no mercado interno, com avanço da colheita do milho inverno, aumento da oferta e também sofre efeito da cotação dólar, os preços do cereal começaram a recuar e estão voltando para os patamares normais. Enquanto isso, a cotação do milho norte-americano registrou uma leve alta, depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ter divulgou em seu relatório queda nas projeções de estoques mundiais de milho elevando os preços na CBOT.
Duas entidades oficiais da Argentina divulgaram em seus levantamentos sobre o andamento da safra de soja no país. Para ambas, a colheita da soja no país atinge um total de 98% da área cultivada de 17,1 milhões de hectares. Segundo o relatório semanal divulgado pelo Ministério da Agroindústria da Argentina indicou que a colheita de soja da safra 2019/2020 atinge 98% da área cultivada. De acordo com a entidade, na semana anterior a ceifa estava em 95%. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 95% dos 17,013 milhões de hectares cultivados na temporada 2018/2019.
O cultivo do trigo iniciou nas regiões de Frederico Westphalen, Santa Maria, Santa Rosa, Soledade, Ijuí e Bagé. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na região administrativa de Frederico Westphalen as áreas já semeadas estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. O plantio se intensificará na primeira quinzena de junho e a expectativa é de aumento de 15% da área de cultivo em relação à safra passada.
O mercado deve remunerar melhor os produtores rurais da citricultura. “A expectativa é que os produtores rurais tenham margens melhores, mas o que direciona muito são as indústrias já que boa parte da produção de laranjas em torno de 70% é destinada para as empresas. Neste ano, as indústrias têm uma proposta de preço um pouco melhor com a redução na safra deste ano”, destacou Fávero. Atualmente, a média de preços da caixa está próxima de R$ 24,00 a R$ 26,00 na indústria. “Esse ano a produção terá múltiplas floradas em que a segunda florada é maior. Este ano é totalmente diferente e vai fechar a conta daquilo que a indústria precisa”, aponta.
A oferta de mandioca segue baixa em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. As chuvas da semana passada interromperam a colheita em algumas áreas, devido à dificuldade de transporte nas lavouras – vale ressaltar que alguns agricultores consultados pelo Cepea priorizaram o plantio em detrimento da colheita, inclusivo o preparo do solo. Além disso, a menor disponibilidade de lavouras com mais de 1 ciclo e meio, que já foram finalizadas em parte das regiões, foi fator fundamental para a queda na oferta. Alguns mandiocultores já postergaram as entregas para o último trimestre do ano, por causa da rentabilidade da mandiocultura.
O 9º Levantamento da Safra 2019/2020, divulgado na terça-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma o crescimento recorde da produção de grãos no país, estimada em 250,5 milhões de toneladas, ou seja, ou 8,5 milhões de t (3,5%) a mais do que o colhido em 2018/19. Em relação ao levantamento passado, houve queda de 400 mil toneladas na estimativa de produção. Mas o recorde da safra se mantém, resultado de uma área semeada de 65,6 milhões de hectares, com crescimento de 2,3 milhões de hectares (3,6%) sobre a safra passada. Com a colheita finalizada praticamente em todas as culturas de primeira safra, e as de segunda em andamento, o que falta agora é a conclusão do plantio das culturas de inverno e os números resultantes da terceira safra. Além disso, será necessário observar o comportamento climático, que pode influenciar na produtividade destas culturas.
Os preços do trigo seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, sustentados pela baixa oferta doméstica. Em algumas praças, no entanto, os valores caíram nos últimos dias, pressionados pela desvalorização do dólar frente ao Real, o que permitiu que demandantes importassem trigo a valores menores.
Uma nova alta do dólar motivou ganhos nos preços da soja em algumas praças de comercialização do país nesta quarta-feira (10). Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, subiram mais de 1% para encerrarem o dia com R$ 87,00 e R$ 86,00 por saca, respectivamente. Amambai, Mato Grosso do Sul, teve alta de 1,11% para R$ 91,00 e em Castro, no Paraná, o preço foi a R$ 102,00 com alta de 2%. No entanto, para os indicativos da soja nos portos brasileiros, foi mais um dia de pressão sobre as cotações, mesmo com a alta da moeda americana e da estabilidade das cotações da soja na Bolsa de Chicago.
Nos cinco primeiros meses de 2020, o Brasil exportou aproximadamente 16,6 milhões de sacas de café, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Cerca de 13,5 milhões de sacas foram embarcadas no Porto de Santos, o que representa 81,7% do total. No mesmo período do ano passado, o cais respondeu por 79%. Na sequência, vêm os portos do Rio de Janeiro, por onde são escoados 12% do volume.
Na temporada 2019/2020, o estado de Goiás, terceiro maior produtor de milho segunda safra, deverá colher 10,05 milhões de toneladas, de acordo com último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior, de 9,48 milhões de toneladas. Já a área plantada cresceu 13% neste ciclo, para 1,59 milhão de hectares.
Quer ficar sempre em dia com as notícias do Brasil e do mundo? Confira o site da Atomic Agro: atomicagro.com.br
Fonte: Atomic Agro