Resumo da Semana
Mercado de soja na semana: as cotações brasileiras de soja chegaram a bater recordes em meados de maio, porém agora começam a cair puxadas pela queda do dólar. Mesmo com o impasse entre China e EUA, a relação comercial entre os países aparentemente não será afetada. A soja brasileira está mais cara “historicamente” por causa do fortalecimento do real e a China precisa de produto para preencher a lacuna até a próxima colheita na América do Sul, o que não irá justificar aumento do preço da oleaginosa no mercado interno no curto prazo.
O mercado brasileiro do milho fechou o último pregão de maio em baixa. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações foram pressionadas pela pré-colheita da segunda safra e pela baixa do dólar. Na Bolsa de Chicago, a sexta-feira, 29, também foi negativa, mas por um movimento de realização de lucros, após as cotações terem atingido, no dia anterior, os maiores níveis em mais de um mês.
Finalizada a colheita da soja no oeste da Bahia, a região alcançou um dos melhores patamares de produção e produtividade. Com o segundo melhor resultado da história, atrás apenas da safra 2017/18, o Oeste colheu 6.026.400 toneladas de soja, 194.400 toneladas a mais que no ciclo anterior. A produtividade prevista de 60 sacas/ha, no 1º levantamento realizado em março, aumentou 3,33%, chegando a 62 sacas/ha.
A consultoria INTL FCStone reduziu sua estimativa de produção de milho segunda safra para 71,389 milhões de toneladas, ante 72,583 milhões de toneladas projetadas no início de maio, em relatório divulgado na noite desta segunda-feira, 1º de junho. A previsão de produtividade também foi cortada, de 5,43 toneladas por hectare para 5,34 de toneladas por hectare, conforme a consultoria em nota.
Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta segunda-feira, 1º, nas principais praças do país, informa a consultoria Safras. “A alta do dólar sustentou as cotações, em dia de volatilidade em Chicago. Poucos negócios foram realizados e as cotações internas são apenas nominais”.
A despeito das desavenças no campo diplomático, as exportações brasileiras para a Ásia cresceram 27,7% em maio, com alta de 35,2% nos produtos exportados para a China. Em meio à pandemia do coronavírus, as vendas de produtos agrícolas, especialmente para os asiáticos, evitaram uma queda maior nas exportações no mês passado, que recuaram 4,5%. De janeiro a maio, as vendas para a Ásia cresceram 16,8%.
As exportações globais de commodities para a China podem cair em até US$ 33,1 bilhões em 2020, tombo de 46% em comparação com projeções anteriores à pandemia de coronavírus, estimou nesta terça-feira, 2, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). Atualmente, o país asiático absorve cerca de um quinto das exportações mundiais de commodities.
As chuvas na época de plantio do Triângulo Mineiro (MG) atrapalharam o calendário dos produtores de cebola. Muitos optaram pelo plantio tardio, pois consideraram a opção mais segura de garantia da produção. Consequentemente, o volume inicial da colheita e comercialização ainda são bastante reduzidos. Os poucos que arriscaram o plantio “do cedo” tiveram muitos problemas com doenças fúngicas e bacterianas, devido ao longo período de molhamento foliar.
A fim de conter o avanço da covid-19 no Brasil, o período de quarentena trouxe grandes desafios a toda a cadeia produtiva de alimentos. O fechamento de escolas e bares, redução (ou paralisação) das atividades em restaurantes e operações limitadas em varejos de menor escala (feiras), importantes canais de escoamento de frutas e hortaliças, enfraqueceu a demanda e elevou as perdas de produtos, especialmente dos mais perecíveis – prejudicando fortemente de pequenos a grandes agricultores.
O jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou na tarde desta quarta-feira (3) que estatais chinesas teriam cancelado o embarque de alguns produtos agrícolas norte-americanos diante da escalada das tensões entre Pequim e Washington. As informações partiram de algumas autoridades marítimas e dão conta de que “alguns carregamentos de ração, milho, carne suína – de 15 mil a 20 mil toneladas, carne bovina e algodão foram cancelados”, segundo disse um executivo sênior chinês envolvido com as importações chinesas que pediu para não ser identificado.
O produtor de soja do Brasil alcançou a melhor relação de troca para aquisição de fertilizantes dos últimos dez anos, segundo dados da Yara Fertilizantes. Isso porque, apesar da alta do dólar, as cotações da soja também subiram e contribuíram para a troca entre os produtos.
As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para as próximas 24 horas confirmam o avanço de uma nova frente fria para o sul do país e que além de chuvas com bons volumes para os três estados, também deve favorecer os episódios de geadas no próximo final de semana, devido a atuação de uma massa de ar frio com mais intensidade que avança junto com o novo sistema.
Apesar da retomada dos trabalhos de campo nos últimos dias, as quantidades de mandioca colhida e comercializada ficaram aquém das expectativas de agentes consultados pelos pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP. Esse cenário se deve à baixa disponibilidade de raízes de 2º ciclo e à retração de parte dos produtores.
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Fonte: Atomic Agro