Resumo da Semana
No começo da semana, a Scot Consultoria afirmou que desde meados de março, as usinas de etanol (milho e cana) sofrem com a retração do consumo de combustíveis, devido às medidas de restrições de circulação em função do coronavírus. Além disso, a queda no preço do petróleo afetou diretamente a competitividade da gasolina frente ao etanol, provocando uma queda de preço do combustível.
A valorização do dólar e as exportações aquecidas deram sustentação aos preços da soja em grão no mercado brasileiro em 2020. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Paranaguá (PR), a saca de 60 quilos foi cotada em R$ 104 na última quinta-feira, 20, uma alta de 4% no acumulado de abril. Em relação ao mesmo período de 2019, a soja está custando 39,6% mais neste ano. Com relação às exportações brasileiras, em abril, até a quarta semana, o Brasil embarcou, em média, 826,6 mil toneladas de soja em grão por dia, 84,6% mais que a média de igual mês do ano passado, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
As exportações brasileiras de soja em abril atingiram um novo recorde para todos os meses, com a firme demanda da China impulsionando os embarques, conforme dados da agência marítima Cargonave divulgados nesta segunda-feira. O país embarcou 14,16 milhões de toneladas no mês passado.
Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da ESALQ/USP, avaliaram como a pandemia de coronavírus vem impactando os mercados nacionais de mandioca, fécula e farinha. O início do segundo trimestre é marcado pelo período de intensificação da colheita de raiz de mandioca no Centro-Sul. Sendo assim, produtores que dispunham de áreas de mandioca com idade entre um ciclo e meio e dois ciclos e os que tinham interesse em liberar áreas arrendadas seguiram intensificando a colheita em boa parte de abril.
O Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA) levantou as intenções de cultivo de soja pelos produtores na próxima safra e buscou a perspectiva do mercado nas microrregiões do estado em relação ao aumento de área para a temporada 2020/2021, possibilitando a divulgação da primeira estimativa de safra para o ciclo 2020/2021 em Mato Grosso.
Com a alta do preço do trigo em 21,7%, o produtor pode ter uma opção de renda na cultura nesta safra no Rio Grande do Sul. A avaliação é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). A entidade divulgou o primeiro levantamento dos custos da lavoura para o período, conduzido pelo economista Tarcísio Minetto. Com esta projeção, o necessário em produção para cobrir o custo será 14,4% menor em relação ao período anterior. O custo total do trigo no Rio Grande do Sul deve chegar a R$ 3.282,38 por hectare, Com isso, o produtor precisará colher 65 sacas para cobrir o custo total nestas condições.
O impacto da crise generalizada causada pela pandemia do coronavírus também é sentido pela indústria da carne. Nesta última semana, as vendas no atacado e no varejo da carne de boi registraram queda, principalmente nos chamados “cortes nobres”. Por causa da redução no consumo de carne, três plantas frigoríficas de Mato Grosso do Sul entraram em férias coletivas nesta semana. No total, já são 11 plantas frigoríficas paralisadas em todo o país. No período de 30 de março a 3 de abril, houve desvalorização do preço da arroba do boi ao produtor em 3,5%.
Após uma massa de ar polar derrubar as temperaturas no Sul do país e causar geadas em áreas de milho segunda safra, feijão e hortaliças, a Somar Meteorologia já prevê quando uma nova onda de frio deve chegar à região. De acordo com o agrometeorologista Celso Oliveira, essa massa deverá ser mais intensa que a atual e acontecerá na virada do mês, entre maio e junho.
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Fonte: Atomic Agro