No #ResumoDaSemana, a Atomic Agro te deixa por dentro dos acontecimentos mais importantes dessa semana.

 

A semana começou com anúncio preocupante do clima, sendo que quase todas as regiões produtoras de milho no país estão sofrendo com o clima quente e seco dos últimos dias. Em consequência, o plantio do grão está atrasado, em relação à safra passada. 

 

Mesma preocupação atinge a soja. Após o fim do vazio sanitário para a soja em diversos estados e o plantio autorizado, só um detalhe separa os produtores dos trabalhos de semeadura, as chuvas. O clima seco no Brasil preocupa os produtores rurais. Apesar do avanço no plantio, a ausência de chuvas em boa parte do país deverá ocasionar o replantio da soja.

 

Já no mercado internacional, na última semana também foi divulgado o relatório de oferta e demanda mundial de grãos. Segundo projeções do USDA, no mês de setembro, a estimativa é de uma produção de 98,87 milhões de toneladas de soja, queda de 1,29 milhão de toneladas em relação ao relatório anterior. Mas manteve estável em 48,31 milhões de toneladas as vendas externas de soja dos Estados Unidos.

 

De acordo com o órgão, a produção norte-americana de milho deverá alcançar um total de 350,52 milhões de toneladas, queda de 2,57 milhões de toneladas. O órgão estimou queda de 640 mil toneladas na demanda pelo cereal, a qual contabilizaria um consumo total de 306,21 milhões de toneladas

 

Os ataques com drones em uma central petrolífera na Arábia Saudita no último sábado, 14, podem impulsionar o preço do barril de petróleo, aumentando a competitividade do etanol a partir do milho, ampliando a demanda pelo cereal.

 

Apesar da disparada do preço do petróleo na segunda-feira, 16, por causa dos ataques às refinarias da Arábia Saudita, a Petrobrás não repassaria imediatamente os aumentos para o consumidor brasileiro. A estatal vai avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos dias para depois decidir se irá revisar os preços dos combustíveis no Brasil. O atentado, interrompeu a produção de 5,7 milhões de barris diários de petróleo, montante que representa metade do exportado pelos sauditas e 5% da produção diária no mundo.

 

E o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a liberação do registro de produtos à base do ingrediente ativo Fluopiram, que poderá ser usado para combater nematoides nas culturas de batata, café, cana e soja e fungos nas culturas de algodão, feijão, milho e soja. É uma nova opção para o controle de nematoides, que são pragas muitas vezes invisíveis, mas que podem causar grandes danos à agricultura, além de ser um produto menos tóxico do que os já existentes no mercado.

 

Também foi anunciada a liberação do registro de 63 agroquímicos publicados na terça-feira, 17, pelo governo, mas isso não deve aumentar a quantidade de resíduos nos alimentos. Colocar um novo produto no mercado significa que os produtores rurais poderão substituir o defensivo que é mais tóxico ou menos eficiente que é normalmente usado. E há ainda casos em que o agricultor poderá até diminuir a aplicação na lavoura.

 

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deve atingir R$ 601,9 bilhões em 2019, com base nos dados de agosto, divulgou o Ministério da agricultura. Esse valor é o segundo maior em 30 anos, de acordo com série histórica iniciada em 1989. O primeiro ocorreu em 2017, com R$ 607,9 bilhões.

 

Falamos também dos pontos positivos das sementes tratadas industrialmente. Maior produtividade, praticidade e segurança para os trabalhadores são três pontos elencados por quem já adotou essa tecnologia. As sementes de soja tratadas recebem inseticidas, fungicidas, nematicidas, inoculante, pós-secante e recobrimento para fixar os produtos. 

 

Soubemos que o etanol de milho cresce em ritmo acelerado. As usinas que fazem etanol a partir de milho já existentes no país, aquelas que estão em implantação e os projetos de investimento já aprovados deverão ser capazes de garantir uma produção de 8 bilhões de litros do biocombustível na safra 2028/29, mas o volume poderá ser ainda maior caso se confirmem novos aportes que estão em discussão.

 

Teve também a notícia com maior repercussão essa semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a norma que define toda a extensão do imóvel rural como residência ou domicílio, o que permite ao proprietário ou gerente de uma fazenda andar armado em toda a área da propriedade, e não apenas na sede. 

 

Na quarta-feira (18), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu, cortar a taxa básica de juros da economia de 6% para 5,5% ao ano — o menor patamar histórico.

 

Já que nos EUA, o clima atrapalhou a semeada, com produção brasileira de milho podendo superar as 100 milhões de toneladas na safra 2018/2019, as exportações brasileiras do cereal podem chegar à 37 milhões de toneladas em 2019, o que representa um novo recorde.

 

E, por fim, o crédito rural com juros livres começa a ganhar espaço na safra 2019/20, refletindo a queda da Selic, a decisão do governo de reduzir subsídios aos grandes produtores e uma maior disposição dos bancos privados de avançar em um dos setores mais dinâmicos da economia do país. Para os produtores de menor risco, já se veem operações com taxa de 6,5% a ao ano – menores, portanto, que o teto de 8% previsto nas operações com juros regulados do Plano Safra.

 

Esses foram os principais acontecimentos noticiados pela Atomic Agro. Não deixe de acompanhar o site e o aplicativo para ficar por dentro de tudo!