No #ResumoDaSemana, a Atomic Agro te deixa por dentro dos acontecimentos mais importantes dessa semana.

 

No começo da semana o que movimentou os canais de informação foi a preocupação com a seca no Rio Grande do Sul. O número de sinistros comunicados ao Banco do Brasil, ocasionados pela seca, subiu 14% na comparação com a temporada 2018/2019. Os dados indicam que haviam sido registrados até o dia 10 deste mês, 211 incidentes. Na safra passada inteira, o número de incidentes gerados pela falta de chuva foi 185. Segundo a instituição financeira, a situação é mais complicada para produtores de milho. Até o momento, 89 comunicados foram realizados, contra nove incidentes na safra 2018/2019 toda. Isso significa que para o cereal, os casos de sinistros no estado gerados pela seca subiram 888%.

 

Enquanto isso, no estado do Mato Grosso, o que chamou a atenção dos produtores de soja foi a ferrugem asiática. Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso acompanha o caso de ferrugem asiática detectado no município de Tangará da Serra (distante 241 quilômetros ao oeste do Estado), na região conhecida como Chapadão do Rio Verde. Porém essa incidência ainda não é motivo para o produtor se preocupe e faça inúmeras aplicações na lavoura.

 

A colheita de soja da safra 2019/20 começou em Mato Grosso, principal Estado produtor do país, e atingiu 1,79% da área plantada — projetada em 9,7 milhões de hectares — em 10 de janeiro, informou nesta segunda-feira o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). No mesmo período do ano passado, 5,62% da área já havia sido colhida. O atraso é resultado da falta de chuvas, que retardou o calendário de plantio da oleaginosa em vários Estados.

 

O diretor do departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pedro Loyola, excluiu a possibilidade da pasta ampliar o zoneamento agrícola do Rio Grande do Sul. Além desse tema, o governo gaúcho pede a reserva de uma cota extra para o seguro agrícola. A ideia foi exposta pelo secretário adjunto de Agricultura do Rio Grande do Sul S, Luiz Fernando Rodriguez.  Loyola explicou que o zoneamento agrícola é estabelecido com base em estudos científicos. “O zoneamento é um mitigamento. Ele indica riscos de 20%,30%,40% de possibilidade de perda. Ou seja, produtor que planta dentro do zoneamento tem uma probabilidade de sucesso que varia de 60% a 80%”, afirma.

 

A comercialização antecipada da safra 2019/2020 de soja do Brasil está bem mais adiantada se comparada a média para o período ou ao ano passado. As negociações atuais envolvem 43,1% da produção projetada em 123,5 milhões de toneladas, segundo a consultoria Safras & Mercado, com dados recolhidos até 10 de janeiro. Em igual período do ano passado, o total negociado chegava a 36,3% e a média histórica é de 36,4%.

 

O Paraná iniciou a colheita da soja da safra 2019/2020. Até o momento apenas 0,2% foi colhido, ou seja, 15,6 mil hectares foram retirados do campo. Isso aconteceu em apenas dois municípios: Pato Branco, que colheu 9,9 mil hectares, 3% da área de 330 mil semeadas; e Ponta Grossa que colheu 5,7 mil hectares, 1% dos 571 mil hectares plantados.

 

As cotações do milho em Mato Grosso atingiram o patamar dos R$ 40,00 nas praças de Campo Verde e Primavera do Leste, segundo levantamento divulgado pelo IMEA. Um patamar histórico, que se justifica pela escassez do produto no principal produtor do cereal de segunda safra no país. Ao que tudo indica, o produtor deve ter mais um ano positivo neste 2020. Dados divulgados no último boletim do Imea dão conta de que 99,4% do milho colhido em 2019 já foi negociado no Mato Grosso, o que gera uma escassez do produto no mercado estadual. Já para a próxima safra, que deve começar a ser plantada nas próximas semanas, os produtores mato-grossenses já venderam 56,88% da produção.

O período de chuvas, iniciado em novembro e que se estende ao longo do verão brasileiro, permitiu expectativas positivas para o ciclo 2019/2020 da soja.  Segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da oleaginosa no país deve ultrapassar os 120 milhões, tornando o Brasil o maior produtor mundial do cultivo. Ao mesmo tempo, o excesso de umidade e o calor desta época favorecem o surgimento de fungos e bactérias que impactam diretamente na produtividade, o que exige atenção do agricultor no manejo.

 

Fonte: Atomic Agro