Nessa semana foi anunciado pelo governo o Plano Safra 2019/20, que é a alocação de recursos para pré-equalização do seguro rural no valor de R$ 1 bilhão, valor este que significa mais do que o dobro do valor do ano passado.

O seguro rural é de extrema importância ao produtor rural, já que ele tem um custo elevado de investimento e há riscos de perdas e estas devem ser pagas por meio de um fundo ou de uma equalização por parte do governo federal.

Entretanto, um aspecto negativo do plano é o aumento na taxa de juros para o produtor de 7% para 8%, assim como para o programa de armazéns. No entanto, o governo já havia sinalizado que tinha a intenção de manter o mesmo volume de recursos e que, para isso, seria necessário elevar os juros.

O aumento no valor do seguro rural e incentivos para o crédito privado animam alguns setores. Entretanto, atrasos na compra de insumos podem representar um possível impacto na produtividade.

Segundo o presidente da Associação dos Distribuidores de Insumos Agropecuários (Andav), Henrique Mazotini, a demora do Plano Safra já havia travado a compra de insumos e, nesta mesma época do ano passado os produtores haviam comprado 60% dos insumos, esse ano ainda não passou dos 30%. O produtor rural está descapitalizado e necessita deste capital de giro, de crédito para dar andamento nos negócios.