A situação do plantio do milho 2ª safra em Mato Grosso já é considerada ariscada. Até a última sexta-feira (5) cerca de 73% das áreas previstas para esta safra estavam implantadas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

 

Com as chuvas em excesso a colheita de soja está atrasada, não liberando as áreas para o milho. A janela ideal de semeadura do milho terminou no final de fevereiro. “Os produtores estão divididos entre não semear as áreas totais planejadas, visto que a janela se encontra aproximadamente 30% em atraso ou a possibilidade de “arriscar” o plantio em razão dos altos patamares de preços praticados pelo cereal”, diz o boletim. No mesmo período da safra 2019/20 o percentual semeado estava em quase 98%.

 

O informativo ainda traz o percentual de comercialização da nova safra. Para a temporada 20/21 a venda ficou, pela primeira vez, atrás da safra passada sendo influenciada pelas incertezas do atraso na semeadura do cereal. Sendo assim, o ciclo atual avançou 2,94 p.p. em fevereiro, totalizando 70,89% da produção estimada e fechando com preço médio mensal de R$58,64/sc. No que se refere a safra futura, as negociações atingiram 12,67% da produção esperada, avanço de 1,75 p.p. em relação a janeiro.

 

A safra 21/22 também fica pela primeira vez atrás da anterior (20/21), que nesse período já contava com 15,17% comercializados. Para os preços, a temporada ficou com média mensal estimada de R$47,10/sc.

 

O indicador Imea-MT registrou elevação de 2,27% em relação à semana passada, após a alta do dólar e a menor disponibilidade do grão no estado. Assim, o preço médio do milho disponível ficou em R$ 68,21/sc. Na B3 o milho fechou a cotação média semanal em R$ 88,73/sc.

Fonte: Agrolink