Sem os fenômenos, as chuvas devem ficar dentro da normalidade na estação. Devido às suas características climáticas, o verão é especialmente importante para atividades econômicas como a agropecuária.

 

O verão no Hemisfério Sul começa no próximo domingo (22) à 1h19 e termina no dia 20 de março de 2020 às 3h50 (Horário de Brasília). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não deverá haver influência do fenômeno El Niño ou La Niña no período, o que indica que as chuvas ficarão dentro da normalidade no período.

 

Segundo análise do Inmet, as condições da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial estão dentro das suas características normais, sem significativos desvios em relação à média, indicando que a área do fenômeno El Niño está em sua fase neutra, portanto sem atuação de El Niño ou La Niña. Os modelos de previsão indicam probabilidade elevada de que a condição de neutralidade se mantenha ao longo de todo o verão.

 

Devido às suas características climáticas, o verão é especialmente importante para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, por meio das hidrelétricas, e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

 

Na Região Norte, a previsão climática para o trimestre indica um predomínio de áreas com probabilidade de chuvas dentro da faixa normal ou abaixo. No Nordeste, haverá o predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas acima da média nos estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco, assim como no sul dos estados do Maranhão e do Piauí. Nas demais áreas, há um risco das chuvas ficarem abaixo da média do período.

 

Para o Centro-Oeste, o Sul e o Sudeste, a previsão para o verão indica maior probabilidade de que o acumulado de chuvas seja dentro da faixa normal ou acima em grande parte das três regiões.

 

Verão 

A estação é caracterizada pela elevação da temperatura em todo país, em função da posição relativa do sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo, ou seja: chuvas fortes; queda de granizo; ventos com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

 

Nessa estação, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com volumes acumulados que variam, predominantemente, entre 500 e 900 mm; com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde os acumulados de chuvas no período são inferiores a 400 mm.

 

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Norte e Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas. Os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre o sudeste do Amazonas e norte do Mato Grosso, podendo alcançar totais de chuvas superiores a 900 mm, entre os meses de dezembro a fevereiro.

 

Fonte: Notícias Agrícolas