As exportações brasileiras de café (incluindo o grão verde, torrado e moído e o café solúvel) somaram 3 milhões de sacas em julho, 10,4% menos que no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Julho marcou o começo do ano-safra 2020/21, e o resultado foi o segundo melhor para meses de julho.

 

A receita cambial gerada pelos embarques foi de US$ 356,8 milhões, queda de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já o preço médio da saca exportada caiu 2,3%, para US$ 117,4.

 

Considerando apenas o café verde, os embarques caíram 11% no mês passado ante julho do ano anterior, para 2,7 milhões de sacas. Os embarques de café arábica somaram 2,25 milhões de sacas, com retração de 7,4%, e os de conilon (robusta) atingiram 446,4 mil sacas, recuo de 25,8%.

 

“Os volumes de exportação registrados em julho mostram que iniciamos bem o ano cafeeiro, com uma boa entrada do café brasileiro no mercado e bons resultados em reais. Temos informações dos Estados produtores de que a colheita está em um ritmo muito bom, tanto em volume quanto em qualidade, o que sinaliza uma boa performance para o ano cafeeiro”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, em nota.

 

De janeiro a julho, as exportações de café atingiram 22,9 milhões de sacas, recuo de 3,6% ante ao mesmo período do ano passado. Mas também foi o segundo maior volume de embarques para os sete primeiros meses do ano. Nessa comparação, a receita caiu 0,5%, para US$ 2,95 bilhões, e o preço médio subiu 3,2%, para US$ 128,9 por saca.

 

A receita cambial nos primeiros sete meses do ano foi de US$ 2,95 bilhões, recuo de 0,5% na comparação anual. Já o preço médio da saca foi de US$ 128,9, crescimento de 3,2% na mesma base de comparação.

 

O café arábica representou 78,4% do volume total exportado de janeiro a julho, com 18 milhões de sacas exportadas. O volume foi 6,4% inferior ao exportado no mesmo intervalo de 2019. Já os embarques de conilon somaram 2,6 milhões de sacas, aumento de 15%.

 

Os Estados Unidos continuaram liderando as importações de café brasileiro. Importaram 4,3 milhões de sacas de janeiro a julho, recuo de 4,39% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A Alemanha respondeu pela importação de 3,9 milhões de sacas, retração de 1,76%.

 

Entre os principais destinos, o México e a Federação Russa registraram os maiores crescimentos nas compras de café brasileiro no ano civil – aumentos de 31,3%, para 409,29 mil sacas, e de 22,2%, para 618,6 mil sacas, respectivamente.

 

As exportações de café verde para outros países produtores aumentaram 76,4% nos primeiros sete meses deste ano em relação a igual período de 2019, para 1 milhão de sacas.

Fonte: Valor