De acordo com a Meteored, março representa o último mês da estação chuvosa, mas nem tanto: “As chuvas não se estendem muito, e nos últimos dias vivenciamos uma mudança de padrão”. Será que irá se manter na próxima quinzena? Quais fatores estão influenciando?

 

O meteorologista Tiago Robles destaca que as precipitações continuam, mas com redução da abrangência. “Para a terceira semana de março, há o indicativo de chuvas mais concentradas no Centro-Sul, com maior probabilidade para acumulados elevados no estado do Mato Grosso do Sul. Já para o restante do país, há a representação de um padrão mais seco e irregular, que o modelo pode estar exagerando para a porção Amazônica”, prevê.

 

“Para a última semana do mês, tanto as anomalias positivas quando as negativas ficam mais suavizadas, o que corrobora com a possibilidade do avanço de um sistema frontal e da organização da umidade no Brasil Central, porém, com baixa chance para chuvas volumosas e persistentes. Essa condição corresponde à tendência negativa da AAO (Antártica) e à neutralidade da MJO (Madden-Julian)”, aponta Robles.

 

“Nesta época do ano, esse comportamento proporciona uma manutenção da frequência de sistemas passando pelo Centro-Sul, porém sem muita amplitude, resultando em um aumento das chuvas para a Região Sul e, consequentemente, redução das temperaturas devido à incursão de massas de ar frio. Para o Centro-Oeste, as chuvas também ocorrem, porém na porção mais central e oeste da Região. Já para o Sudeste, a maior probabilidade de chuva fica para o estado de São Paulo, com redução desse potencial ao se caminhar para o norte da Região”, prevê o meteorologista.

 

“Em relação a MJO, a oscilação tende a figurar em neutralidade nas próximas semanas, não proporcionando um estímulo para a ocorrência de chuvas expressivas no Centro-Norte do país, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste, onde se espera uma redução das chuvas neste período de transição. Já na Região Norte, sem um fator inibidor, as chuvas devem continuar diariamente, porém, de forma mais irregular do que foi observado durante a primeira quinzena”, conclui.

Fonte: Agrolink