Os preços da soja sobem forte na Bolsa de Chicago na manhã desta segunda-feira (26). Por volta de 7h40 (horário de Brasília), as cotações tinham ganhos de 12,25 a 13,75 pontos nos principais contratos, com o novembro valendo US$ 8,70 e o março, US$ 8,97 por bushel.

 

O mercado iniciou a sessão testando apenas leves ganhos, mas veio intensificando suas altas, segundo analistas e consultores, diante das estimativas dos crop tours que começam a aparecer.

 

Entre os números do Pro Farmer, a safra norte-americana de soja foi estimada em pouco mais de 95 milhões de toneladas, 5 milhões a menos do que o último número do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em 12 de agosto. A produtividade média estimada para o país foi de 51,6 sacas por hectare.

 

“Mais uma semana começando e o período de colheita da safra 2019 dos EUA se aproximando. Mesmo com desenvolvimento atrasado, começaram a sair os resultados dos vários crop tours do centro-oeste americano”, explica Steve Cachica, consultor da Cerealpar e do Agro Culte, afirmando ainda que as altas desta manhã de hoje refletem, em parte, as estimativas do Pro Farmer.

 

Além disso, os traders seguem também atentos às questões climáticas dos EUA, com um cenário neste momento de tempo frio e úmido, o que continua limitando e atrasando ainda mais o desenvolvimento de suas lavouras. Nesta segunda, o USDA traz seu novo reporte semanal de acompanhamento de safras com as condições das lavouras.

 

Na última semana eram 53% das plantações em bom ou excelente estado. A expectativa dos especialistas da consultoria internacional Allendale é de que o índice hoje fique em 54%.

 

No outro prato da balança, porém, seugue a guerra comercial. Na última sexta-feira (23), as negociações se distanciaram mais ainda, com uma retaliação de Pequim e uma dura resposta de Donald Trump. Fato é que a nova taxação chinesa sobre a soja americana é de 30% e afasta ainda mais a demanda da nação asiática do mercado dos EUA.

 

No entanto, Trump já afirmou em suas últimas declarações que continuam as negociações com Pequim e o governo chinês já vem pedindo uma solução para o conflito. Enquanto isso não acontece, os índices acionários asiáticos têm nova baixa nesta segunda-feira e o iuan bate em suas mínimas em 11 anos diante da intensificação da guerra comercial.

 

Fonte: Notícias Agrícolas