Em um mês, o contrato futuro do trigo para março de 2021 acumula alta de 10,1% na Bolsa de Chicago. Só em janeiro, o vencimento subiu 5,1%. Com isso, a cotação atingiu o maior valor em quase sete anos, fechando o pregão desta terça-feira, 19, cotado a US$ 6,73.

 

De acordo com o especialista em gestão de risco da StoneX, Roberto Sandoli, a valorização do cereal nos últimos dias se deve à decisão da Rússia, maior exportador do grão, de aumentar o imposto para vendas ao exterior a partir de fevereiro.

 

“O governo russo tomou essa decisão para controlar a inflação no mercado local. Primeiro, foi estabelecido um imposto de 25 euros, que teve um efeito momentâneo. Mas os preços continuaram a subir e eles precisaram aumentar para 50 euros, o que deve durar de março até o fim de julho”, conta Sandoli.

 

Para o especialista, isso joga a responsabilidade de abastecimento para outros países, como Estados Unidos, Austrália, Argentina e Ucrânia. Como a Argentina é a principal fornecedora de trigo ao Brasil, o movimento internacional pode acabar respingando em preços mais altos no mercado brasileiro.

Fonte: Canal Rural