Boi: média do Cepea tem novo recuo, mas consultorias relatam altas em algumas regiões

O indicador do boi gordo do Cepea, que é calculado com base na média dos preços reportados em São Paulo, teve um dia de baixa. A cotação variou -0,94% em relação ao dia anterior e passou de R$ 303,95 para R$ 301,1 por arroba. Por outro lado, consultorias, como Scot e Safras & Mercado, relataram altas em algumas regiões.

 

Apesar de a demanda interna parecer não dar conta de absorver novas altas, a desvalorização do real permitiu aos frigoríficos exportadores ofertarem preços maiores.

 

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 encerraram a semana com variações mistas. O vencimento para março passou de R$ 308 para R$ 307,75, o para abril foi de R$ 306 para R$ 305,5 e o para maio, de R$ 299,2 para R$ 299,75 por arroba.

 

Milho: preços superam R$ 89 por saca em Campinas (SP)

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), voltou a registrar nova máxima histórica. A cotação variou 0,54% em relação ao dia anterior e passou de R$ 88,59 para R$ 89,07 por arroba. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 13,25%. Em 12 meses, os preços alcançaram 62,86% de valorização.

 

Na bolsa, os contratos futuros de milho negociados na B3 seguem com expressivos avanços. O vencimento para março passou de R$ 89 para R$ 90,89 e o para maio, de R$ 94,33 para R$ 95,9 por saca.

 

Soja: cotações têm altas expressivas no Brasil e nos EUA

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de alta dos preços e foi impulsionado tanto pelo movimento de Chicago quanto pelo câmbio. A cotação variou 1,37% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,98 para R$ 174,34 por saca, o que significou um novo recorde. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 13,28%.

 

Em Chicago, os futuros da soja ficaram próximos de superar a máxima de fechamento do ano, que é de US$ 14,304 por bushel no dia 14 de janeiro. O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, valorizou 1,39% e passou de US$ 14,104 para US$ 14,30 por bushel.

 

Café: arábica cai mais de 6% em Nova York na primeira semana de março

Em Nova York, os futuros do café arábica recuaram 6,3% na primeira semana de março. A queda ocorreu em virtude da avaliação do mercado de que a oferta parece bem ajustada à demanda atual, após a Colômbia anunciar aumento das exportações. O contrato com vencimento para maio, o mais líquido no momento, teve baixa de 2,5% em relação ao dia anterior e passou de US$ 1,3215 para US$ 1,2885 por libra-peso.

 

No Brasil, o indicador do café arábica do Cepea seguiu o movimento externo. A cotação variou -0,36% em relação ao dia anterior e passou de R$ 738,5 para R$ 735,85 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 21,29%. Em 12 meses, os preços alcançaram 36,84% de alta.

 

No exterior: Senado dos EUA aprova pacote de estímulos

Neste sábado, 6, o Senado norte-americano aprovou o pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão proposto pelo governo de Joe Biden. Com isso, os desempregados receberão um auxílio de 300 dólares semanais, além de uma nova rodada de 1.400 dólares à maioria dos cidadãos norte-americanos. O plano também libera novos recursos na luta contra a pandemia.

 

Em relação aos mercados, a semana começa com os índices futuros de ações nos EUA reagindo negativamente ao novo avanço das taxas de juros futuras. Os títulos com vencimento para dez anos voltaram a operar acima de 1,6%. Quanto maior é a expectativa por avanço mais rápido da atividade econômica em virtude da vacinação em massa, maior é o medo de aceleração da inflação e necessidade de aumento dos juros pelo FED.

 

No Brasil: dados de inflação são destaque da semana

A divulgação de dados de inflação é destaque nesta semana, justamente pelo fato de que na próxima, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, se reúne para decidir a taxa Selic. O mercado de juros tem mostrado volatilidade e está sob pressão, sobretudo nas pontas mais longas, em virtude do risco fiscal.

 

Apesar da aprovação no Senado da PEC Emergencial, o texto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e alterações que causem aumento da despesa pública estão no radar dos investidores. Além da pressão fiscal doméstica, a alta dos juros futuros nos EUA também pressiona a curva no Brasil e o câmbio.

Fonte: Canal Rural