Soja e milho disparam em Chicago e boi sobe no Brasil
Boi: preços seguem disparando no mercado físico e no futuro
A arroba do boi gordo segue em disparada neste início de ano, com um quadro de oferta ainda muito restrita e escalas encurtadas. De acordo com a Safras & Mercado, a arroba em São Paulo subiu R$ 7 na passagem diária e foi de R$ 280 para R$ 287.
No mercado futuro, os contratos negociados na B3 também tiveram mais um dia de alta consistente. O vencimento para janeiro passou de R$ 285,60 para R$ 289,45 por arroba e o para fevereiro subiu de R$ 285,35 para R$ 290,20.
Milho: relatório do USDA leva cotação ao limite de alta em Chicago
O relatório de oferta e demanda mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) levou a cotação do milho negociado na Bolsa de Chicago ao limite de alta. Com isso, os preços ficaram no maior patamar desde maio de 2014. O vencimento para março subiu 5,08%, para US$ 5,172 por bushel. O documento trouxe cortes acima dos esperados pelo mercado para os estoques globais e nos Estados Unidos em 2020/21.
No Brasil, o indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), bateu seu recorde nominal e ficou em R$ 83,32 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, os preços já subiram 5,9%.
Soja: bushel sobe forte em Chicago com USDA; saca no Brasil tem movimento misto
Assim como no caso do milho, o relatório do USDA gerou forte reação dos preços da soja negociada na Bolsa de Chicago. O contrato para março rompeu com facilidade os US$ 14 por bushel e subiu 3,33% a US$ 14,182 por bushel. O documento trouxe números menores que o dado anterior tanto para a safra norte-americana quanto para os estoques finais.
No mercado brasileiro, a disparada em Chicago competiu com a forte queda do dólar em relação ao real. Com isso, os preços tiveram comportamento misto, ou seja, subindo em algumas praças mas recuando em outras. Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 167 para R$ 165, porém, no porto de Paranaguá (PR), a cotação saltou de R$ 169 para R$ 171.
Café: mercado brasileiro fica estável apesar de forte queda do dólar
Segundo a consultoria Safras & Mercado, o mercado físico brasileiro de café teve preços estáveis nesta terça-feira, 12. De acordo com a análise da empresa, mesmo com a forte queda do dólar em relação ao real, as cotações se sustentaram com ausência do vendedor e manutenção dos valores oferecidos pelos compradores.
A Safras aponta que o vendedor tem racionado as ofertas tentando apostar em mais altas à frente, enquanto os compradores atuam no mercado conforme suas necessidades. No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 620 a saca.
No exterior: bolsas seguem testando novas altas, apesar de avanço da Covid-19
As bolsas europeias e os futuros norte-americanos seguem testando novas altas, apesar do avanço da Covid-19 nas duas regiões. Na Europa, Alemanha e Holanda anunciaram que vão estender as medidas de restrição à circulação de pessoas além do prazo que foi comunicado inicialmente.
Nos EUA, o governo tenta acelerar o processo de vacinação ao liberar doses que estavam reservadas e recomendando que os estados apliquem as vacinas em pessoas de 65 anos ou mais. No lado político, o vice-presidente Mike Pence rejeitou o pedido feito pelos Democratas para invocar a 25º emenda e retirar Trump do poder.
No Brasil: dólar cai mais de 3% e volta ao patamar de R$ 5,30
Após a forte alta do dólar entre o fim do ano passado e o começo de 2021, que levou a cotação de ao redor de R$ 5 para cima de R$ 5,50, a moeda norte-americana voltou a recuar expressivamente. O dia foi marcado pela interrupção da recuperação do dólar a nível global e isso favoreceu a moeda brasileira, bem como a de outros países emergentes.
Sendo assim, a cotação caiu de R$ 5,5036 para R$ 5,3226, um recuo de 3,29% na passagem do dia. Foi a maior queda diária desde junho de 2020. O avanço dos preços das commodities nos mercados globais ajudou na performance do real.
Fonte: Canal Rural