Soja: Chicago tem a maior alta em cinco semanas com atraso na colheita do Brasil
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira, 23, com preços mais altos. O atraso na colheita no Brasil e o aperto nos estoques americanos garantiram mais uma sessão de ganhos, com os contratos encerrando no maior nível em mais de cinco semanas.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 22.25 centavos de dólar por libra-peso ou 1,6% a US$ 14,06 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,08 por bushel, com ganho de 21 centavos ou 1,51%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 3,10 ou 0,73% a US$ 42,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 48,37 centavos de dólar, com ganho de 1,15 centavo ou 2,43%.
Os trabalhos de colheita no Brasil seguem bem abaixo da média para o período e devem resultar em atraso ainda maior na retomada dos embarques brasileiros de forma mais consistente. Com isso, a demanda deverá permanecer voltada ao mercado americano.
A alta desta terça também encontra sustentação nos dados divulgados na semana passada durante o Fórum Anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Apesar de maiores do que na atual temporada, os estoques de passagem americanos foram indicados em patamares abaixo dos esperados pelo mercado.
Diante desse quadro, fundos e especuladores seguiram puxando as cotações. A grande dúvida no momento é saber até onde os contratos poderão subir sem prejudicarem as exportações americanas. Nesta semana, não houve anúncio do USDA de novas vendas de exportadores privados. Mas é importante frisar que a China está retornando ao mercado após o prolongado feriado do Ano Novo Lunar.
Mercado físico
O mercado brasileiro de soja teve um dia mais movimentado e com preços entre estáveis e mais altos. Cerca de 120 mil toneladas trocaram de mão, a maior parte durante as máximas de Chicago, quando a alta de aproximou de 3%.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 164 para R$ 165. Na região das Missões, a cotação aumentou de R$ 163 para R$ 164. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 165 para R$ 170.
Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 156 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 164 para R$ 166.
Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 157,50. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 150. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 152 para R$ 153.
Dólar
O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,22%, sendo negociado a R$ 5,4420 para venda e a R$ 5,4400 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4090 e a máxima de R$ 5,4830.
Fonte: Canal Rural