De maneira geral, considerando que os casos de ferrugem asiática já reportados (foram 10) pelo Consórcio Antiferrugem nesta safra 2020/2021 estavam em áreas que têm autorização especial para desrespeitar o vazio sanitário da soja (em Goiás e Tocantins), podemos considerar que São Paulo é o primeiro estado a registrar um caso de ferrugem asiática no país nessa temporada.

 

O caso foi registrado no município de Itaberá, na região sul de São Paulo, em uma soja no estádio fenológico R1, reportado por José de Freitas/ Sipcam Nichino e confirmado pela Embrapa na sequência.

 

O alerta foi introduzido no site do Consórcio Antiferrugem no dia 4 de dezembro. Em 2019, na mesma época 2 casos haviam sido reportados. Vale ressaltar que o ano passado foi um dos com menos casos da doença da história. Para se ter uma ideia, em 2018, nesta mesma data, 60 casos havia sido relatados. Na média dos últimos cinco anos, 25 casos da doença haviam sido registrados até 4 de dezembro.

 

Casos excepcionais

Somando São Paulo, o número total de casos de ferrugem nesta safra é de 11 ocorrências. Entretanto, 10 destes ocorrem em área de Goiás e Tocantins, ambas com autorização especial para plantar soja durante o período de vazio sanitário.

 

Teoricamente, devido a um sistema de alagamento, a região de São Miguel do Araguaia (GO) e de Lagoa da Confusão (TO), não teriam incidência da doença e, por isso, têm essa autorização. Mas o registro de casos nestas duas regiões mostra o contrário.

 

Paraná sem a doença

Além do levantamento da Embrapa, no Paraná, existe uma rede de Alerta para a ferrugem, trabalho desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), que conta com 251 coletores de esporos da ferrugem. Essa medida ajuda a identificar a chegada dos causadores da doença e alertar os produtores da região sobre a necessidade e momento certo para fazer o controle químico.

 

A boa notícia é que até agora não há registro de um esporo sequer no estado do Paraná. Abaixo o mapa de todos os coletores instalados no estado.

 

“Na safra 2019/2020, as primeiras ocorrências de esporos aconteceram no final de novembro, fato não observado na safra atual. Isto deve-se às condições climáticas diferenciadas e o atraso de semeadura em todas as regiões sojícolas do Paraná e regiões vizinhas, na safra atual”, afirma o IDR-Paraná.

Fonte: Canal Rural