Resumo da Semana
O destaque da semana passada foram as geadas que atingiram parte considerável do Centro-Sul. Os estados mais afetados foram Paraná e Mato Grosso do Sul, mas também houve formação de geada, ainda que com menor intensidade, em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e até no sul de Mato Grosso.
A intensa massa de ar seco que impede o avanço da umidade para todas as regiões, pode seguir predominante em todo o país por mais, pelo menos, 12 dias. Segundo Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o bloqueio tem como característica proporcionar poucas nuvens, céu azul e baixa umidade relativa do ar em boa parte do país.
Com o avanço da colheita do milho safrinha em Mato Grosso, próximo dos 4% e, somado com o recuo nas cotações do dólar, o preço médio da saca de milho acumulou queda em junho. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em números, o resultado do indicador foi de R$ 70,95/sc, uma queda de 7,82% no comparativo com maio.
Enquanto o Sul está na época de plantio, em regiões como Sudeste e Centro-Oeste a colheita do trigo e outros cereais de inverno. A orientação, nesse estádio da cultura, é realizar a dessecação das plantas para uniformização da maturação dos grãos e melhor programação da colheita do trigo, e também da cevada.
A safra mundial de café, no período 2020/21, está estimada em 169,50 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representará um ligeiro aumento de 0,3% em relação ao ano-cafeeiro anterior. A produção de café da espécie arábica deverá atingir 99,1 milhões de sacas, volume que corresponde a 58% da produção mundial, safra que representará um aumento de 2,2%, na mesma base comparativa. Os cafés robustas, devem somar 70,4 milhões de sacas, total que equivalerá a 42% da produção global, com uma ligeira queda de 2,1%, também se comparada com o mesmo período anterior.
A produção de grãos da Argentina está estimada em 127,5 milhões de toneladas em 2020/21. Segundo a Bolsa de Cereais de Rosário, o volume é o terceiro maior da história do país. O milho é o principal grão produzido, com 50 milhões de toneladas. A safra de soja é estimada em 45 milhões de toneladas.
O Brasil pode aumentar em 71 milhões de toneladas a produção de grãos nos próximos dez anos. Com isso, a safra poderá atingir 333,1 milhões de t em 2030/31. Em relação ao que o país produziu na temporada de 2020/2021 (cerca de 262 milhões de t, dado mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab), encerrada no mês passado, o acréscimo representa alta de 27,1%, a uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano.
Nas últimas cinco décadas, a produção de leite no Brasil cresceu sete vezes, saltando de 5 para quase 35 bilhões de litros por ano. Apesar do país se consolidar como um dos cinco maiores produtores do mundo, esse volume é suficiente apenas para abastecer o mercado interno. “Já fomos o terceiro maior importador do mundo e crescemos em produção via produtividade e melhoramos muito a nossa condição. Hoje a produtividade brasileira se equipara com a resultado a nível mundial, caminhando para 2.500 litros de leite vaca/ano”, comenta o técnico da Embrapa Leite, Paulo do Carmo Martins.
A trading brasileira AMAGGI anunciou que vai construir uma nova fábrica misturadora de fertilizantes no complexo do terminal de Portochuelo, em Porto Velho (RO). Uma das líderes do agronegócio brasileiro, a empresa anunciou recentemente investimento total na ordem de R$ 102 milhões destinado a elevar a capacidade de recebimento, armazenagem, mistura e distribuição de fertilizantes na região Norte do País.
O volume de crédito rural contratado dentro do Plano Safra 2020/21 chegou a marca de R$ 271,5 bilhões, informou o Ministério da Agricultura (Mapa). De acordo com a pasta, houve aumento de 27% em relação ao volume de recursos contratados no período anterior. Nesse montante, foram incluídas as aquisições de CPR (Cédula do Produto Rural) e operações com agroindústria.
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Fonte: Atomic Agro