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No começo da semana, segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de soja em São Paulo tem potencial para crescer 21% nesta safra, a expectativa é de uma produção de 3,6 milhões de toneladas, 21,3% mais que na safra anterior. A área plantada deve chegar a um 1,1 hectares, crescimento de 11%. O aumento é por conta da conversão de áreas antes ocupadas pela cana-de-açúcar.

 

Enquanto em Mato Grosso do Sul e Goiás algumas áreas terão que ser replantadas, no Rio Grande do Sul a semeadura avança devagar por causa do excesso de umidade. A consultoria AgRural  indicou que algumas regiões do Paraná apresentam mais de 30% da safra de soja em condição ruim. De acordo com a empresa, em Londrina, norte do estado, cerca de de um terço da área já plantada tem condições consideradas ruins. O fato acontece por conta do clima irregular, com falta de chuvas.

 

Já o milho, no mercado brasileiro apresentou preços firmes, de estáveis a mais altos. O interesse do comprador, sobretudo de pequenos consumidores, que atuaram de forma mais agressiva no mercado, garantiu suporte às cotações. Eles entraram de modo mais intenso buscando milho avaliando a necessidade de se posicionar após uma semana pautada por poucos negócios, em linha com a maior lentidão às vésperas do feriado prolongado. Os produtores ainda optam pela retenção como estratégia recorrente, avaliando as incertezas para o próximo ano em termos da safra, prejudicada pelo clima seco. No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 41,00/43,50 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 41,50/44,50 a saca.

 

De acordo com o Sindicato Rural de Uberlândia, produtividade do grão deve ser menor nesta temporada. Dados do levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados em novembro, apontam um recuo de 3,1% na produção de milho em Minas Gerais. A expectativa da entidade é que a produtividade também deve diminua na comparação feita entre o ciclo 2019/2020 e 2018/2019. De acordo com o Sindicato Rural de Uberlândia (MG), a falta de chuvas impactou o calendário de plantio e deve gerar efeitos na safra esperada.

 

Agricultores familiares de 123 municípios da Bahia, Paraíba e Minas Gerais terão o benefício do Garantia-Safra  2018/2019 disponibilizado, em novembro, para cobrir perdas com a seca. O pagamento beneficiará 139.070 unidades familiares, somando R$ 28,9 milhões. A Portaria Nº 5.318, que determina o pagamento, foi publicada pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no último dia 12. Em novembro, receberão o pagamento agricultores da Bahia, Paraíba e de Minas Gerais. O montante em recurso disponibilizado para esses agricultores até o mês de março de 2020 chegará a R$ 118,2 milhões.

 

Em Mato Grosso, o ataque de lesmas nas lavouras de soja tem causado preocupação e prejuízos aos agricultores. A falta de agroquímicos para controle e predadores naturais, infestação cresce e traz preocupação; praga come toda a planta em estádio inicial vegetativo. A movimentação do molusco pode até ser lenta, mas na hora da refeição ele é ágil e eficaz. Por onde passa deixa um rastro de devastação. A lesma tem hábitos noturnos, por isso, durante o dia, usa as fendas do solo e a palhada do milho e da braquiária para se abrigar.

 

A mudança na data limite para a semeadura da soja no Paraná, divulgada no dia 5 de novembro pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tem gerado manifestações contrárias por parte de entidades que representam os produtores e de pesquisa. Segundo a Aprosoja-PR, a Adapar não apresentou nenhum fato novo que justifique a extensão do prazo e portanto teme que a medida possa facilitar ainda mais o avanço da pior doença da cultura, a ferrugem asiática. A data limite para a semeadura do grão, que era até 31 de dezembro, agora foi estendida sem data final, entretanto há exigência que a colheita ou interrupção do ciclo da cultura deve ser realizada até no máximo dia 15 de maio.

 

O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU), portarias estabelecendo o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), da safra 2019/2020, para a cultura de milho de segunda safra. Para as lavouras plantadas nesse ciclo, não serão realizadas alterações nas datas de plantio devido ao atraso da safra de soja em alguns municípios. Vale lembrar que nos anos de 2011 e 2018 as mudanças, em caráter de excepcionalidade, nos períodos de plantio do Zarc de milho de segunda safra resultaram em problemas maiores, com acionamento de seguro e Proagro devido às adversidades climáticas, principalmente geadas, ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultura.

 

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio, colheita e comercialização das principais safras do estado. O relatório semanal apontou que 100% do milho verão já foi plantado no estado até a última segunda-feira (18). Deste total, 12% já avançaram para floração e 88% estão em descanso vegetativo. No que diz respeito à qualidade, 92% foram avaliadas como boa, 7% como média e 1% como ruim.

Segundo o Deral, todo o núcleo de Cascavel, que inclui 28 municípios, está em alerta devido a falta de umidade. Previsão do tempo não é boa para os próximos dias. A falta de chuvas regulares segue como uma das principais preocupações entre os produtores de soja de alguns municípios do Paraná. Em Cascavel, por exemplo, a situação é ainda mais complicada, pois a seca pode afetar a qualidade de lavouras já replantadas. Segundo o Deral, o plantio total no estado atinge 96% da área de soja de 5,48 milhões de hectares. Deste total com 80% das lavouras em boas condições, 18% em condições médias e 2% em situação ruim. As lavouras estão nas fases de germinação (9%), crescimento vegetativo (82%) e floração (5%).

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Fonte: Atomic Agro