Preço do feijão deve subir com área menor da 2ª safra
De acordo com o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), as “áreas da segunda safra têm redução importante”. “Ontem chamei a atenção para o fato da redução de área no Mato Grosso. Hoje trago a você alguns números da redução naquele estado e no Brasil”, destaca o presidente da entidade, Marcelo Lüders.
Começando pelo Mato Grosso, diz ele, a área plantada final de caupi foi, em 2020, de 56,9 mil hectares: “Este ano esperava-se que pudesse chegar a 68 mil hectares, algo como 20,53 % maior. No entanto, o atraso na colheita da soja somado aos preços do milho, a cada dia a área encolhe e a diminuição poderá chegará nem mesmo aos 45 mil hectares. Sendo assim, em vez de aumentar a área 20%, poderá diminuir em 20%”.
Com o Feijão-carioca no Mato Grosso, acrescenta Lüders, vem ocorrendo o mesmo: “33 mil hectares e a expectativa era que pudesse se manter, porém as reduções apontam agora para menos de 28 mil hectares. Em todo o Brasil, a área de Feijão-carioca segunda safra, no passado, alcançou 407 mil hectares, segundo as contas da CONAB, e agora estimam que não ultrapasse 387 mil hectares de Feijão-carioca e deverá ficar ainda menor”.
“Isto gera boa perspectiva de ganho. Afinal, preço de soja e milho já se sabe, mas dos Feijões não, e isso é ótimo. A conjuntura atual aponta que dentro do cenário que teremos pela frente não haverá decepção em plantar Feijão. Há uma conspiração que lembra a tempestade perfeita, onde tudo que pode dar errado está dando para termos uma safra menor e talvez muito menor durante o ano. Outro fator da tempestade perfeita é que, sempre que há crise econômica, itens básicos como o Feijão têm seu consumo aumentado. Não se trata de ser hora de arriscar, contudo, sim, é hora de aproveitar e plantar”, conclui o dirigente.
Fonte: Agrolink