Milho recua no mercado físico, mas busca recuperação na B3
A segunda-feira (17) chega ao final com os preços do milho recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.
Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Primavera do Leste/MT, Itiquira/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no Brasil, há alguma expectativa de precipitações para o final do mês, mas nada que reverta o quadro hídrico das semanas anteriores. Nas praças paulistas, os negócios estão travados com ofertas distantes de compradores e vendedores”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, chuvas foram registradas em algumas regiões produtoras de milho do país na semana passada.
“As precipitações, no entanto, ainda ocorreram de forma insuficiente para sanar as preocupações quanto ao déficit hídrico, especialmente no Paraná, em Mato Grosso do Sul e algumas áreas do Sudeste”. Apontam os analistas do Cepea.
Assim, vendedores consultados pelo Cepea seguiram atentos aos impactos do clima sobre a produtividade e, com isso, limitando a oferta de novos lotes no spot. “Muitos compradores com necessidade de repor estoques de curto prazo, por sua vez, acabam cedendo aos maiores preços. Nesse cenário, as cotações se mantiveram em alta na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea”, diz a publicação.
B3
Os preços futuros do milho encerram a segunda-feira subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,03% e 2,84% ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 98,41 com elevação de 2,03%, o setembro/21 valeu R$ 97,00 com alta de 2,21% e o novembro/21 foi negociado por R$ 97,50 com ganho de 2,84%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho está se acomodando com a chegada da safra e a colheita da safrinha se aproximando.
Este volume representa aumento de 701,5 toneladas com relação ao exportado até a primeira semana de maio (484,5). Nestes 10 dias úteis do mês, o Brasil exportou 1.186 toneladas de milho não moído, no comparativo anual, no quinto mês do ano, o país embarcou até aqui, 4,75% de tudo o que foi registrado durante maio de 2020 (24.933,2).
Já o preço por tonelada obtido registrou elevação de 77,67% no período, saindo dos US$ 269,00 no ano passado para US$ 477,90 neste mês de meio.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) começou o dia em campo misto, ganho força ao longo do dia, mas fechou as atividades do primeiro dia da semana novamente em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 5,50 pontos negativos e 8,75 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,52 com valorização de 8,75 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,66 com elevação de 3,50 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,37 com desvalorização de 5,50 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,42 com perda de 5,25 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,40% para o julho/21 e de 0,53% para o setembro/21, além de baixas de 0,92% para o dezembro/21 e de 1,09% para o março/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos fecharam misturados na segunda-feira, com os contratos próximos firmando-se com o suporte de oferta restrita e força no mercado à vista, enquanto as previsões de clima quente que impulsionarão o desenvolvimento da safra no meio-oeste dos EUA pressionaram as questões da nova safra.
“A perspectiva esquentou para o meio-oeste no fim de semana, o que deve finalmente estimular o aumento da emergência e do crescimento das safras de milho e soja deste ano nos próximos 10 dias”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota ao clientes.
Além disso, a publicação aponta ainda que a forte demanda de exportação sustentou o mercado de milho.
Exportadores privados relataram a venda de 1,7 milhão de toneladas de milho para a China para entrega na campanha de comercialização de 2021/22. “Essa foi a quarta venda de milho de mais de 1 milhão de toneladas para a China neste mês”, destaca Mark Weinraub da Reuters Chicago.
O USDA também disse que os exportadores venderam 128.000 toneladas de milho para o México.
Fonte: Notícias Agrícolas