Milho caminha ao “fundo do poço”?
O mercado futuro de milho na B3, de São Paulo fechou novamente em alta nesta sexta-feira, acompanhando as altas do dólar e de Chicago, que encarecem as importações. De acordo com a TF Agroeconômica, isso pode significar o “fundo do poço”.
“Com isto, as cotações de janeiro avançaram R$ 1,09 para R$ 71,14; para março de 2021 avançaram R$ 0,25 para R$ 74,11. Mas, recuaram também R$ 0,36/saca para R$ 71,56 para maio. Na semana a cotação de janeiro avançou R$ 4,27, a de março R$ 3,34, a de maio R$ 2,66 e a de julho recuou R$ 0,16/saca, refletindo as expectativas do mercado para estes meses”, comenta. “Desde o final de outubro viemos recomendando a fixação dos preços para março de 2021, a R$ 82,00 ou próximo disto. Hoje estão que já estão cerca de 9,93% abaixo da cotação do primeiro dia de nossa recomendação”, completa.
Além disso, os futuros de milho se recuperaram o terreno perdido com as vendas do dia anterior no final da semana, pós-Wasde, com apoio de novos ganhos fortes no contrato de trigo de Chicago. “No fechamento o trigo tinha ganho cerca de US $ 0,20 /bu, enquanto a soja estava em torno de US$ 0,05 /bu, deixando pouca opção para o milho seguir. Milho março subiu perto de US$ 0,03/bu em US$ 4,24/bu, com maio $0,02/bu mais forte em US$ 4,26/bu”, indica.
“A Ásia começou o dia de forma muda, com o setor de ração e processamento de milho da Coreia do Sul tranquilo, enquanto as indicações para o Vietnã diminuíram. As cargas de milho de março, para entrega no norte do país, foram oferecidas a US$ 252,90/t, com valores estáveis ao longo da curva até junho, oferecidos cerca de 10 centavos a menos, e julho, que foi oferecido cerca de 8 centavos abaixo de junho. As cargas de carregamento de agosto e setembro foram 8 centavos mais baixas que julho, oferecidas a US$ 226/t, ou 166 centavos de dólar sobre o contrato de setembro”, conclui.
Fonte: Agrolink