Governo libera registro de mais 22 defensivos agrícolas
O governo liberou nesta terça-feira, 12, o registro de 22 defensivos agrícolas. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura. Segundo a pasta, todos os produtos liberados são genéricos, ou seja, utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país e que perderam a validade da patente.
O Ministério da Agricultura ressalta ainda a importância do registro dos defensivos genéricos, que diminui a concentração do mercado e aumentar a concorrência entre empresas. “O que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, disse.
O comunicado informa também que os produtos liberados nesta terça foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
“Todos os ingredientes ativos registrados já têm registros nos Estados Unidos, e a maioria também têm registro na Europa e na Austrália”, afirma.
Defensivos biológicos
Entre os produtos registrados, três utilizam agentes de controle biológicos na sua formulação. Um deles leva em sua formulação um regulador de crescimento de plantas, sendo também considerado um produto de baixo impacto. Dois dos produtos biológicos poderão inclusive ser utilizados em sistemas de cultivos orgânicos.
Um dos produtos microbiológicos, composto por uma mistura dos fungos entomopatogênicos beauveriabassiana e metarhiziumanisopliae, será destinado para o controle de cigarrinha-das-pastagens e percevejo marrom. Outro, à base do fungo beauveriabassiana, será destinado para o controle de mosca-branca, moleque-da-bananeira, ácaro rajado, cigarrinha do milho e gorgulho-da-cana.
O terceiro produto microbiológico, utiliza o fungo trichodermaasperrellum para o controle de rizoctoniose, uma importante doença que ataca a cultura da batata e causa prejuízos consideráveis.
O ministério afirma que no caso dos produtos biológicos por não deixarem resíduos nos produtos em que são utilizados, não existe limitação das culturas em que podem ser utilizados. “Sendo assim, seu uso é autorizado em qualquer cultura onde as pragas forem encontradas”, complementa.
Ao todo, já foram registrados 22 produtos biológicos e microbiológicos em 2020.