Como será o agronegócio em 2035?
Terminamos uma safra recorde de grãos em 2018/19: com produção de 242 milhões de toneladas, ela gerou uma renda no campo de mais de R$600 bilhões.
Nossas exportações do Agro neste ano serão de R$400 bilhões. Isso totaliza mais de R$1 bilhão por dia entrando pelos nossos portos e movimentando economicamente todo o Brasil. Mas como será o agronegócio em 2035?
Na minha visão, o país se consolida como fornecedor mundial de alimentos, vendendo por volta de US$200 bilhões por ano em produtos. Esses serão desde primários até processados e embalados, contribuindo para o controle dos preços dos alimentos e provendo maior acesso das populações mundiais. Isso graças à transferência contínua de ganhos de produtividade aos preços dos produtos. A produção será toda digitalizada, certificada e em consonância com as mais rigorosas normas de sustentabilidade nos pilares econômico, ambiental e social.
Seremos o país com as maiores reservas de preservação de áreas e de água no mundo, maiores taxas de utilização de fontes renováveis de energia e visto como potência alimentar e ambiental. E nossos produtos utilizarão desse posicionamento único.
Os caminhos
Tal resultado será atingido graças a duas grandes evoluções: no setor público, amplo conjunto de reformas estruturantes que melhorem o ambiente de negócios e a competitividade (previdência, tributária, trabalhista, logística, jurídica, concessões e privatizações, entre outras) e reduzam o peso do Estado na economia; no setor privado, a estruturação permanente de projetos de planejamento estratégico por setores, visando entender onde estão as oportunidades, reduzir as vulnerabilidades e ter projetos estruturantes para aumentar seu tamanho e rentabilidade.
Em 2035, as cadeias produtivas alimentares estarão muito mais integradas via plataformas digitais, cooperativas e associações extremamente fortes e representativas. Os processos de criação, captura e compartilhamento de valor, sempre no intuito de gerar oportunidades de inserção sustentável às pessoas, serão o eixo central das nossas cadeias produtivas de alimentos e bioenergia.
Fonte: Zumm