Desta vez é a Climatempo quem faz o alerta: as chuvas de verão não autorizam o plantio em setembro, que será um mês seco em praticamente todo o País; um corredor de umidade somente será formado em outubro, levando chuvas desde o Sul (notadamente do Paraná até ao MT, nas cercanias da BR-163); já para o Matopiba as chuvas também deverão chegar com 1 mês de atraso, mas após isso, em dezembro e janeiro, haverá muita precipitação acima do Oeste da Bahia (as chamadas chuvas plantadeiras); o Nordeste voltará a enfrentar um forte período de seca, enquanto que o Rio Grande do Sul terá uma repetição do quadro do ano passado, quando a condição neutra do La Niña cortará as chuvas para o início da safra gaúcha.

 

Em linhas gerais, são estas as informações que o agrometeorologista da Climatempo, João Castro (meteorologista e doutor em agronomia pla Esalq) traz com exclusividade para o NA. Segundo seus estudos, os produtores do Sudeste não deveriam lançar as sementes no solo já em setembro – fazer o plantio no pó — sob risco de perdas, mesmo com a autorização calendarizada do vazio sanitário.

 

— “É preciso que o produtor tenha paciência, escolha sua variedade adequada, e saiba esperar o melhor momento”, diz João Castro.

 

O agrometeorologista faz questão de frisar que os estudos baseiam-se nas informações dos satélites e radares do NOAA, onde a maioria dos institutos brasileiros se informam. “Cada instituto tem sua leitura particular, e nós, da Climatempo, estamos em linha com a maioria dos profissionais, ou seja, que consideram o atraso na chegada das chuvas de verão e uma repetição climática da safra passada”.

 

Abaixo é possível acompanhar mês-a-mês a interpretação dos dados da Climatempo, considerando a variabilidade climática do período e as anomalias (diferenças) de chuvas necessárias para o plantio.

 

O Agroclima da Climatempo (voltado para o Agro) faz comparativos das variáveis usando como referência a média climática de cada região.

Fonte: Notícias Agrícolas