Café: exportações no ano-safra atingem o melhor resultado dos últimos 5 anos
O Brasil exportou 3,1 milhões de sacas de café em janeiro deste ano, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. A receita cambial gerada com os embarques no mês foi de US$ 404,13 milhões, equivalente a R$ 2,2 bilhões de reais, alta de 10,2% em relação a janeiro de 2020. O preço médio da saca foi de US$ 128,41. Os dados são do relatório compilado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
“O mês de janeiro apresentou uma boa performance nas exportações de café, com destaque para o significativo aumento da receita cambial e o melhor resultado do ano-safra (período julho/2020 a janeiro/2021) nos últimos cinco anos, registando um crescimento de 17,2% em relação ao mesmo período anterior”, destaca Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 84,2% do volume total de café exportado em janeiro, com 2,6 milhões de sacas embarcadas. O café solúvel representou 8,1% dos embarques no mês, com 254 mil sacas exportadas, e o café conilon (robusta) representou 7,7% de participação nas exportações, equivalente a 241,5 mil sacas. Destaque para esta última variedade de café, que registrou crescimento de 7,9% no período em comparação com o volume do café embarcado em janeiro de 2020.
Principais destinos
O principal destino de café brasileiro em janeiro deste ano foram os Estados Unidos, que importaram 692,4 sacas de café (22% do volume total exportado no mês para o mundo). Em segundo lugar ficou a Alemanha, com 532 mil sacas exportadas para o país (16,9% das exportações). Na sequência estão: Bélgica, com 261,4 mil sacas (8,3%); Itália, com 195,5 mil sacas (6,2%); Japão, com 150 mil sacas (4,8%); Colômbia, com 113 mil sacas (3,6%); Federação Russa, com 106 mil sacas (3,4%); Turquia, com 97,3 mil sacas (3,1%) França, com 84,6 mil sacas (2,7%); e, Canadá, com 75,3 mil sacas (2,4%).
Desses principais destinos de café brasileiro, a Colômbia e a Bélgica se destacaram por registrar os crescimentos de 237% e 56,4%, respectivamente, ante o volume exportado a estes países em janeiro de 2020. Os Estados Unidos também registraram aumento, de 8,9% em relação ao primeiro mês do ano passado, e a França apresentou alta de 7,9%.
“Embora tenha apresentado um ritmo menos acelerado, o mês de janeiro também se destacou pelo crescimento das vendas do café arábica para os EUA, Bélgica, Colômbia e França, bem como o conilon para a Colômbia, Itália e Argélia. Esses resultados mostram que a demanda se mantém sólida e que o Brasil continuará atendendo aos mais diversos e exigentes mercados do mundo”, ressalta o presidente do Cecafé.
Cafés diferenciados
O Brasil exportou 500,5 mil sacas de cafés diferenciados em janeiro (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) que representaram 15,9% do total embarcado no mês. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 83,6 milhões, correspondendo a 20,7% do total gerado com os valores da exportação de café, enquanto que o preço médio ficou em US$ 166,99.
Ano-Safra 2020/21
Nos sete primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul/20-jan/21), o Brasil exportou 27,8 milhões de sacas de café, crescimento de 17,2% em relação à mesma base comparativa da safra anterior e também maior volume embarcado para o período nos últimos cinco anos. Os cafés arábica e robusta no período registraram crescimento de 19,1% no volume exportado, com 22,5 milhões de sacas e 3 milhões de sacas, respectivamente.
A receita cambial com as exportações do período até agora foi de US$ 3,4 bilhões, aumento de 14,3% em relação a jul/20-jan/21, que, convertido em reais atingiu R$ 118,5 bilhões, alta de 51,5%. Já o preço médio ficou em US$ 123,78.
Portos
O Porto de Santos ocupou em janeiro deste ano a liderança como via de escoamento do café com 77,4% de participação (2,4 milhões de sacas embarcadas por ele). Os portos do Rio de Janeiro ficaram em segundo lugar, com 17,3% de participação (544,5 mil de sacas embarcadas por eles).
Fonte: Canal Rural