A startup mineira Atomic Agro, espécie de rede social para pequenos e médios produtores — que recebeu aporte de R$ 3 milhões, liderado pela gestora Capital Lab, no início do ano —, decidiu tornar 100% gratuito o uso de sua plataforma.

 

Em janeiro, a empresa tinha 4 mil usuários cadastrados, que respondiam por uma área plantada de 1,5 milhão de hectares. Essa área dobrou até setembro, com o número de downloads do aplicativo superando a faixa de 10 mil.

 

Bruno Matozo, CEO e fundador da Atomic Agro, disse que o modelo de negócios da startup facilita a negociação do  produtor e os fornecedores, aumentando o poder de barganha do produtor.

 

No Brasil, segundo dados da Scot Consultoria, os pequenos e médios produtores, com fazendas de até 2,5 mil hectares, são responsáveis por 70% dos alimentos produzidos e por cerca de 40% do Valor Bruto da Produção (VBP).

 

A empresa oferece em sua plataforma cotações de câmbio e mercado futuro em tempo real, informações climáticas, dados sobre condições para compra de insumos, equipamentos, sementes e defensivos, taxas praticadas para financiamento de crédito e um sistema de comercialização que conecta quem quer comprar grãos com quem quer vendê-los.

 

A nova estratégia da Atomic Agro segue a linha do que foi adotado pela americana Farmers Business Network, que recentemente se transformou em um unicórnio. “Estávamos testando esse modelo gratuito há dois meses e ficamos contentes em ver que a maior empresa global do nosso segmento também está seguindo esse caminho”, diz Matozo.

Fonte: Atomic Agro