Após fim de semana de chuvas nos EUA, soja abre semana com baixas fortes nesta 2ª em Chicago
A semana abre com preços da soja registrando baixas expressivas na Bolsa de Chicago. Perto de 7h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 15,25 e 23,50 pontos nos principais contratos, com o julho sendo cotado a US$ 13,80 e o novembro, US$ 12,89 por bushel. O clima permanece no centro do radar do mercado, conforme explicam analistas e consultores de mercado.
“Boas chuvas durante o final de semana cobrindo parte das áreas como as Dakotas, Centro e oeste de Iowa, Norte do Missouri e leste do corredor. As chuvas foram bem vindas nas áreas secas e por isso a abertura é chamada em baixa para começar a semana”, explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa.
No entanto, ainda segundo Sousa, tais chuvas em determinadas regiões vieram acompanhadas de granizo e fortes ventos, “cujas consequências ainda não tem como ser mensuradas”.
Mais do que as chuvas do último final de semana, o mercado também segue atento às previsões climáticas para os próximos dias, ainda indicando temperaturas mais amenas e mais precipitações. Os melhores volumes, porém, ainda são esperados para o leste do país, enquanto o oeste sofre com uma seca severa.
“Os modelos, europeu e americano, entretanto, continuam mostrando chuvas abaixo do Normal para o oeste de Iowa e as duas Dakotas, para os próximos 10 dias”, explica o diretor da Labhoro. “O mercado é essencialmente climático e vai continuar extremamente volátil, mesmo porque o sistema de alta pressão promete voltar ao lado oeste ainda no começo de julho”, complementa.
Ainda nesta segunda, o mercado espera também pelo novo boletim de embarques semanais, ao meio dia, e o novo reporte semanal de acompanhamento de safras, às 17h (Brasília). Ambos chegam pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e principalmente o último pode mexer com o andamento das cotações, especialmente amanhã.
Os futuros do óleo e do farelo de soja também recuam em Chicago nesta segunda e ajudam na pressão sobre os preços do grão.
Fonte: Notícias Agrícolas