Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Analista de Mercado da Agrifatto, Yago Travagini Ferreira, informou que os preços do mercado se recuperaram após os meses incertos e maio de junho. “Julho conseguiu avançar muito bem e está no patamar dos R$ 230,00/@ e temos espaço para atingir a máxima nominal do Cepea de R$ 231,00/@”, afirma.

 

Caso a demanda interna se mantenha em crescimento e aceite os valores mais elevados da carne, os preços da arroba podem ultrapassar o patamar dos R$ 235,00/@ e quem sabe até buscar os R$ 240,00/@ nos próximos 30 a 45 dias . “Caso as proteínas sigam valorizadas, as preferências podem começar a migrar e dependendo do preço o consumidor pode preferir a carne bovina”, ressalta.

 

As exportações de proteínas animais estão contribuindo para a sustentação dos preços no mercado interno. “A China nunca comprou tanta carne suína como estamos observando, sendo que os embarques de suínos está batendo recorde como a de carne bovina. São dois fatores que se unem para pressionar as cotações”, destaca.

 

Com relação ao primeiro giro do confinamento, o analista aponta que foi prejudicado por conta dos valores do mercado futuro e do milho elevado. “Os animais que foram confinados em maio começam a sair em agosto, mas o volume será pequeno já que os preços não estimulavam”, disse.

 

Só que agora o cenário é outro, as referências do boi gordo no futuro já trabalham na casa dos R$ 225,00/@ e justifica um aumento no volume de animais confinados. “Para o último trimestre, a expectativa é que o confinamento fique mais próximo como foi no ano passado”, relata.

 

Os preços da carne no atacado giram acima de R$ 15,00/kg na praça paulista. “Nas últimas semanas, estamos vendo uma batalha que está crescendo entre os açougues e os frigoríficos que vendem a carne no atacado. Esse movimento tem haver com o dia dos pais e início do mês”, conclui.

Fonte: Notícias Agrícolas